terça-feira, 15 de maio de 2012
Na semana que antecede a abertura do Campeonato Brasileiro, Atlético e Cruzeiro ainda buscam se reforçar. Ambos são vistos com desconfiança até pelas próprias torcidas, que ainda se lembram do sufoco e do sofrimento que viveram no ano passado
Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
| Tags: celular
Publicação:15/05/2012 07:00
Com o fim do Estadual, os tradicionais rivais mineiros voltam as atenções para a principal competição do país, o Campeonato Brasileiro, que começa no sábado. E a constatação geral, mesmo entre os atleticanos, ainda curtindo o 41º título estadual, é de que os dois estão longe de ser apontados como candidatos a ser campeões ou conseguir vaga na Copa Libertadores. Por enquanto, o máximo a que podem aspirar, com os grupos atuais, é a classificação à Sul-Americana – objetivo que não atingiram no ano passado, quando foram os últimos colocados acima dos quatro rebaixados.
A conquista do Mineiro significou grande alívio para o Atlético, mas apaga somente parte das incertezas que tomaram conta do Galo antes desta semana de preparação para a estreia no Brasileiro. Nos 19 jogos em 2012, Cuca jamais conseguiu repetir a escalação devido aos constantes problemas de contusão e suspensão. E seu banco de reservas nem sempre foi útil: em certos momentos, o técnico precisou improvisar.
Foi o caso da finalíssima do Estadual, diante do América. Sem o artilheiro André (três cartões amarelos) e o contundido Neto Berola, a opção foi adiantar o armador Mancini, que ficou fixo na área – só havia o inexperiente Paulo Henrique, garoto da base, no banco. "Continuamos a confiar na força do grupo. Apesar dos problemas, a superação foi grande", afirma Mancini.
A diretoria alvinegra, preocupada com o futuro da equipe, se mobiliza nos bastidores para buscar reforços de peso. De acordo com Cuca, o grupo precisa de mais opções de reposição: um goleiro, um lateral-esquerdo, um armador e dois atacantes.
O técnico encerrou de vez as especulações sobre sua possível saída. Se o Galo perdesse o título estadual, sua situação ficaria insustentável. Mas agora o momento é de alegria e esperança: "O planejamento para o Campeonato Brasileiro vem sendo feito cuidadosamente. O time precisa ter harmonia para voltar a fazer grande campanha na competição. As críticas são naturais e construtivas. Com duas ou três peças bem encaixadas, vamos ter um time forte".
Dos quatro contratados no início do ano, apenas o zagueiro Rafael Marques e o volante Leandro Donizete são titulares – o segundo se recupera de contusão muscular. O armador argentino Escudero e o atacante Danilinho não se firmaram e alternam bons e maus momentos. A esperança atleticana está no jovem Bernard e no atacante André, que sonha defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres.
ERROS EM CIMA DE ERROS No Cruzeiro, a situação é ainda pior. A equipe ficou sem
A conquista do Mineiro significou grande alívio para o Atlético, mas apaga somente parte das incertezas que tomaram conta do Galo antes desta semana de preparação para a estreia no Brasileiro. Nos 19 jogos em 2012, Cuca jamais conseguiu repetir a escalação devido aos constantes problemas de contusão e suspensão. E seu banco de reservas nem sempre foi útil: em certos momentos, o técnico precisou improvisar.
Foi o caso da finalíssima do Estadual, diante do América. Sem o artilheiro André
Eles não estão prontos
Na semana que antecede a abertura do Campeonato Brasileiro, Atlético e Cruzeiro ainda buscam se reforçar. Ambos são vistos com desconfiança até pelas próprias torcidas, que ainda se lembram do sufoco e do sofrimento que viveram no ano passado
Paulo Galvão - Estado de Minas
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:15/05/2012 07:00
Com o fim do Estadual, os tradicionais rivais mineiros voltam as atenções para a principal competição do país, o Campeonato Brasileiro, que começa no sábado. E a constatação geral, mesmo entre os atleticanos, ainda curtindo o 41º título estadual, é de que os dois estão longe de ser apontados como candidatos a ser campeões ou conseguir vaga na Copa Libertadores. Por enquanto, o máximo a que podem aspirar, com os grupos atuais, é a classificação à Sul-Americana – objetivo que não atingiram no ano passado, quando foram os últimos colocados acima dos quatro rebaixados.
A conquista do Mineiro significou grande alívio para o Atlético, mas apaga somente parte das incertezas que tomaram conta do Galo antes desta semana de preparação para a estreia no Brasileiro. Nos 19 jogos em 2012, Cuca jamais conseguiu repetir a escalação devido aos constantes problemas de contusão e suspensão. E seu banco de reservas nem sempre foi útil: em certos momentos, o técnico precisou improvisar.
Foi o caso da finalíssima do Estadual, diante do América. Sem o artilheiro André
(três cartões amarelos) e o contundido Neto Berola, a opção foi adiantar o armador Mancini, que ficou fixo na área – só havia o inexperiente Paulo Henrique, garoto da base, no banco. "Continuamos a confiar na força do grupo. Apesar dos problemas, a superação foi grande", afirma Mancini.
A diretoria alvinegra, preocupada com o futuro da equipe, se mobiliza nos bastidores para buscar reforços de peso. De acordo com Cuca, o grupo precisa de mais opções de reposição: um goleiro, um lateral-esquerdo, um armador e dois atacantes.
O técnico encerrou de vez as especulações sobre sua possível saída. Se o Galo perdesse o título estadual, sua situação ficaria insustentável. Mas agora o momento é de alegria e esperança: "O planejamento para o Campeonato Brasileiro vem sendo feito cuidadosamente. O time precisa ter harmonia para voltar a fazer grande campanha na competição. As críticas são naturais e construtivas. Com duas ou três peças bem encaixadas, vamos ter um time forte".
Dos quatro contratados no início do ano, apenas o zagueiro Rafael Marques e o volante Leandro Donizete são titulares – o segundo se recupera de contusão muscular. O armador argentino Escudero e o atacante Danilinho não se firmaram e alternam bons e maus momentos. A esperança atleticana está no jovem Bernard e no atacante André, que sonha defender a Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos de Londres.
ERROS EM CIMA DE ERROS No Cruzeiro, a situação é ainda pior. A equipe ficou sem
treinador na semana passada. Depois da eliminação nas oitavas de final da Copa do Brasil pelo Atlético-PR, Vágner Mancini, cujo trabalho sempre foi contestado, entregou o cargo.
A diretoria celeste contratou nada menos do que 11 jogadores no início do ano. E apenas um, o volante Marcelo Oliveira, é titular. Outro, o lateral-direito Jackson, foi dispensado sem disputar sequer uma partida oficial. O mesmo pode ocorrer com o volante colombiano Diego Arías.
Para complicar, em alguns momentos o time ficou sem seu principal jogador, o armador Montillo, vítima de uma série de contusões. Ele desfalcou o Cruzeiro, por exemplo, nos dois jogos contra o Atlético-PR e atuou no sacrifício diante do América, nas semifinais do Estadual. Outros atletas de destaque, como o zagueiro uruguaio Victorino, não têm conseguido jogar bem.
Para tentar deixar a equipe mais competitiva, a diretoria buscou mais três jogadores, todos experientes: o zagueiro Alex Silva, o volante Charles e o armador Souza. Outros jogadores são aguardados na Toca da Raposa, mas apenas depois da chegada do novo técnico.
"Nosso grupo é bom, foi o que ouvi de alguns treinadores com os quais conversei. Precisa de uma ou outra peça para complementar o time titular. Nenhum time brasileiro tem peças de reposição ou peças excepcionais em todas as posições. Mas claro que temos de nos reforçar para o Campeonato Brasileiro e vamos trabalhar agora com a filosofia de outro treinador", diz o presidente Gilvan de Pinho Tavares.
A torcida, preocupada, cruza os dedos.
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