quinta-feira, 23 de maio de 2019

Técnico interino: filme se repete no Atlético, mas tem ajustes no roteiro Interinidade de Rodrigo Santana se compara à de Larghi; efetivação é pensada um pouco diferente desta vez Thiago Nogueira 23/05/19 - 08h00 Qualquer semelhança é mera coincidência. No ano passado, após a demissão de Oswaldo de Oliveira, o Atlético deixou o comando técnico interinamente nas mãos do então auxiliar Thiago Larghi. Um ano depois, Rodrigo Santana herda a função interina de treinador do Galo após a saída de Levir Culpi. A história se repete, mas os capítulos finais tendem a ser um pouco diferentes desta vez. Larghi, que passou a dirigir o time alvinegro em fevereiro e chegou a levar o Atlético à liderança do Campeonato Brasileiro por uma rodada, acabou efetivado no cargo após 32 jogos, já no meio do ano, durante a parada para a disputa da Copa do Mundo. O clube levou alguns “nãos” de nomes mais experientes, como Cuca e Abel Braga, e decidiu manter o profissional de menor currículo. A passagem de Larghi se findaria em outubro, com o time em sexto lugar, mesma colocação em que encerrou a competição. Como interino, ele chegou a 60% de aproveitamento e, como efetivo, a 45%. Entre Larghi e Santana há algumas diferenças, mas situações bem parecidas também. O primeiro, então com 37 anos, trabalhou como analista de desempenho e não tinha dirigido uma equipe de futebol antes. O segundo, com 36 anos, já comandou times menores, como Juventus-SP e URT, além do sub-20 atleticano. Santana chegou ao Atlético em agosto do ano passado, assumindo o time principal nove meses depois. Larghi veio junto com a comissão técnica de Oswaldo de Oliveira no fim setembro de 2017, virando treinador do Galo pouco mais de cinco meses depois. Assim como aconteceu com Thiago Larghi no período de interinidade, a diretoria mantém o discurso para Rodrigo Santana agora. Salto na carreira Quando da efetivação, Larghi passou a ganhar mais. Por isso, era um caminho sem volta, já que a direção entendia que não dava para reconduzi-lo à condição de auxiliar com salários de efetivo. Desta vez, o discurso é que Santana faça parte da comissão técnica fixa, mesmo se o clube contratar um novo técnico. E o Atlético voltou a receber “nãos” de treinadores, como Tiago Nunes, Rogério Ceni e Osorio, e Santana, com 51,5% de aproveitamento vai respondendo com bons resultados. O Atlético, que esteve na ponta do Brasileiro por uma rodada, é vice-líder hoje. Comparação Thiago Larghi Como interino: 32 jogos 17 vitórias 7 empates 8 derrotas 60,4% de aproveitamento Como efetivo: 17 jogos 6 vitórias 5 empates 6 derrotas 45% de aproveitamento Rodrigo Santana Como interino: 11 jogos 5 vitórias 2 empates 4 derrotas 51,5% de aproveitamento

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