terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Gallo vê início de 2018 sem tropeços e diz que clube pode fazer intertemporada fora Diretor revela que Atlético-MG tem convites para viajar, durante a Copa, para Estados Unidos e Chile Por Gabriel Duarte e Guilherme Frossard, de Belo Horizonte 30/01/2018 03h13 Atualizado há 13 horas Assim como o presidente Sérgio Sette Câmara, que mantém confiança nos objetivos a médio e longo prazo do Atlético-MG, o diretor de futebol Alexandre Gallo parece tranquilo. No Campeonato Mineiro, até aqui, o time venceu apenas um jogo (Democrata), empatou com o Boa Esporte e com o Patrocinense (o último com o time titular) e perdeu para o Villa Nova, mas, para Gallo, ainda não houve nenhum tropeço. Ao GloboEsporte.com, ele disse estar satisfeito com o início de trabalho em 2018 e vê que o elenco atual tem "a cara do clube". - Estou muito satisfeito. Acho que estamos dentro do planejamento que iniciou no final do ano passado. O Atlético-MG, este ano, tem um ano de ajustes, não podemos esquecer isso e nem deixar que a nossa torcida esqueça. Temos alguns problemas. O presidente não quer dar um passo maior do que a perna. Conseguimos uma redução substancial da folha. Conseguimos, com muita criatividade, reformular o elenco de jogadores. Hoje temos um elenco que é a cara do clube, um elenco de força, de velocidade e intensidade. Era isso que a gente queria, e acho que conseguimos. Tivemos uma pré-temporada reduzida, dois jogos até agora, já que levamos em consideração a equipe tida como a titular. Fizemos um bom primeiro jogo, tivemos uma oscilação no segundo tempo do segundo jogo. Devem acontecer mais oscilações pela frente. A questão é minimizar e dar tempo para a nova equipe, que está buscando entrosamento, buscando seu melhor condicionamento físico. Estamos vendo todos os campeonatos estaduais, não tem ninguém fazendo grandes jogos. O Palmeiras, que hoje é o protagonista, sofreu para ganhar do RB (Brasil), saiu perdendo por 1 a 0, o RB perdeu um pênalti. O campeonato estadual é feito justamente para isso, para que as coisas aconteçam, e o clube possa se desenvolver em todos os âmbitos. A diretoria mostra, com as declarações de Gallo e Sette Câmara, convicção no planejamento que montou. O torcedor, claro, fica impaciente com os maus resultados recentes. Há um limite na paciência do clube para os tropeços? Para o diretor de futebol, ainda não houve tropeço. - Isso não passa pela nossa cabeça. Temos consciência de tudo o que está sendo feito. É um treinador experiente. Não existe e nem existiu até agora um tropeço. Não pedimos paciência à torcida, pelo contrário, sabemos que a torcida do Atlético é visceral. Temos que entender o que está acontecendo. Outro dia um jornalista cobrou uma sequência, mas estamos no terceiro jogo da temporada, teremos 70 jogos na temporada. Como pode ter uma sequência em um início de campeonato, com uma pré-temporada curta? Este trabalho inicial não pode ser medido agora. É um trabalho de médio prazo. O ano faz com que a gente tenha essa consciência. No segundo semestre, se você for ver a tabela, não teremos nenhuma semana vaga (livre para treinos). Como você consegue que o atleta jogue todos esses jogos? É impossível acontecer. E durante a Copa? O planejamento do clube no início de ano é justificado pelo calendário apertado em função da pausa para a disputa da Copa do Mundo, em junho e julho. E durante o período da Copa? Como será o planejamento do Atlético-MG? Alexandre Gallo revelou que o clube tem propostas para viajar ao Chile e aos Estados Unidos. - Temos alguns convites, até para jogos internacionais. Ainda estamos avaliando. Até o final do próximo mês já teremos uma definição dessa intertemporada de junho e até o final do Estadual já o planejamento adiantado para o futebol no ano que vem. Temos um convite dos Estados Unidos e outro do Chile, de dois jogos. Estamos avaliando até que ponto (vale a pena) a viagem, a importância dela, o que vai ser melhor dentro das nossas possibilidades. Camisa 10 Nas últimas semanas, o principal questionamento em relação ao elenco atleticano era sobre a necessidade da contratação de um meia armador, um camisa 10. Na última sexta-feira, o clube apresentou o argentino Tomás Andrade, de 21 anos, uma aposta da diretoria que pouco jogou no River Plate, mas que chegou dizendo que atua, também, como armador - além de jogar pelos lados do campo. Alexandre Gallo explica que, agora, Oswaldo de Oliveira tem três meias à disposição no elenco: Cazares, Tomás Andrade e Bruno Roberto, recém-promovido da base. Bruno Roberto, meia da base do Atlético-MG, é apontado por Gallo como uma das opções para ser o 10 do time em 2018 (Foto: Guilherme Frossard) Bruno Roberto, meia da base do Atlético-MG, é apontado por Gallo como uma das opções para ser o 10 do time em 2018 (Foto: Guilherme Frossard) Bruno Roberto, meia da base do Atlético-MG, é apontado por Gallo como uma das opções para ser o 10 do time em 2018 (Foto: Guilherme Frossard) O diretor deixa a entender, portanto, que o clube não deve buscar outro jogador para a posição. Pelo menos não agora. - Ele é um camisa 10, como são também o Cazares e o Bruno (Roberto). Estamos servindo o Oswaldo com três possibilidades. As escolhas têm que ser dele, realmente. O Cazares é um pouco mais rodado, com alguns jogos pela seleção. Um jovem já bem maduro, principalmente no aspecto físico, impressionou bastante, que é o Tomás, tecnicamente muito bom. E um jovem de 17 anos. Então, existe um equilíbrio para essa posição. A escolha é do Oswaldo. Redução na folha Saídas de Fred, Robinho e Marcos Rocha, chegada de jogadores jovens e apostas. O Atlético-MG, com isso, conseguiu uma grande redução na folha salarial. Gallo não quis dizer de quanto foi, mas reiterou que é um parte importante do processo de equalizar as contas do clube - objetivo principal do presidente Sérgio Sette Câmara. - Muito importante para nós. São números nossos, internos, não externamos. Mas já é um começo para essa gestão do Sérgio, que quer equacionar muita coisa no Atlético.

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