domingo, 9 de setembro de 2018
Luta pela sobrevivência no clássico
Coelho precisa vencer para seguir firme com sonho da Série A; já o Galo tenta evitar que 'caldo entorne de vez'
Adilson garantiu a titularidade aos poucos com o técnico Thiago Larghi e deu mais segurança ao meio campo
Antônio Anderson e Bruno Trindade
07/06/18 - 03h00
A rivalidade centenária entre América e Atlético promete ficar ainda mais acirrada depois do clássico de hoje, às 21h, no Independência. Após despencar da liderança do Campeonato Brasileiro para a décima posição, o Galo entra em campo pressionado, principalmente, depois dos protestos de torcedores na sede de Lourdes, na terça-feira, pedindo a saída do diretor de futebol Alexandre Gallo, além da perda do Campeonato Mineiro e das eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana. É justamente desse inferno astral do time alvinegro que o Coelho irá tentar tirar proveito para se consolidar na parte intermediária da tabela, que é seu grande objetivo desde o início do torneio.
A pressão das arquibancadas após três jogos sem vencer foi parar na sede Lourdes. Após os protestos de terça-feira e uma reunião do presidente Sérgio Sette Câmara com um grupo de torcedores, o dirigente também chamou os atletas cobrando reação imediata na única competição que resta ao alvinegro.
Histórico. Além desses fatores, o clássico de hoje promete ser mais disputado pelo histórico dos confrontos entre os clubes em 2018. As partidas anteriores terminaram com muitas reclamações do lado alviverde por conta da arbitragem no Campeonato Mineiro.
Apesar de reconhecer o contexto que cerca o duelo e a necessidade de vitória que o Galo possui, o volante Gustavo Blanco avisa que o elenco precisa esquecer da pressão, se concentrar bastante no jogo e atuar com alegria para reverter o momento turbulento.
“A gente sabe da pressão e entende o torcedor, que tem razão de estar chateado. Mas temos que estar blindados. Se deixarmos essa pressão nos abalar, vamos para o jogo sem confiança, sem alegria. E não podemos perder isso, pois é só assim que poderemos superar essa fase”, analisa.
Do lado alviverde, a chance de se aproveitar do momento vivido pelo rival não é vista como uma vantagem. O técnico Enderson Moreira acredita que as forças se igualam em um clássico e ressalta que a preocupação americana está em anular as principais armas do alvinegro para buscar os três pontos. “O clássico é extremamente difícil, independentemente da situação de cada time. Então, estamos focados naquilo em que realmente precisamos estar, que são os atletas que o adversário tem, a organização que eles têm com o Thiago Larghi e o que eles podem nos trazer de dificuldade”, declara.
Reforços. O Atlético segue em busca de reforços, mas encontra dificuldades. Dois novos nomes foram tentados pela direção atleticana, mas não deverão reforçar o clube. Lucas Evangelista e Lincoln tiveram suas situações sondadas, mas as respostas não foram animadoras. O jovem meia-atacante Lincoln pertence ao Grêmio e tem situação indefinida no clube gaúcho. Já o meia Lucas Evangelista tem vínculo até julho de 2019 com a Udinese, e o time italiano tem dificultado um reempréstimo, principalmente, para o Brasil. O clube quer apenas uma venda e pede valor superior a R$ 22 milhões.
Adilson e Donizete travam duelo no meio campo
O duelo entre América e Atlético terá uma disputa interessante no meio-campo. Do lado do Coelho está Leandro Donizete, ídolo da torcida do Galo e com o seu nome marcado na história do clube. Do outro, Adilson, atual cão de guarda da defesa alvinegra e ainda em busca de glórias com a camisa preta e branca.
O atual cabeça de área do Atlético chegou justamente para substituir o general, que se transferiu para o Santos. E o caminho de Adilson para chegar à unanimidade no meio-campo atleticano foi bem mais complicado do que do seu antecessor. Enquanto Donizete logo caiu nas graças da Massa por seu vigor na marcação, Adilson precisou convencer os torcedores. Ele até começou bem em 2017, mas acabou deixado de lado por Oswaldo de Oliveira. O volante só reconquistou o seu espaço com Thiago Larghi, tornando-se peça fundamental do time atleticano.
Observando apenas os números da Série A de 2018, Adilson tem mostrado um desempenho melhor. Nos sete jogos em que esteve em campo, ele acertou 483 passes e realizou 14 desarmes. Já o General, pelo Coelho, esteve em campo em cinco partidas, acertou 180 passes e desarmou sete vezes. E os dois voltam as suas respectivas equipes nesta noite. Adilson retorna após cumprir suspensão e Donizete se recuperou de lesão.
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