segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

26.02.18 Futebol Luan completa 200 jogos com a camisa alvinegra Ídolo da Massa Atleticana, Luan escreveu mais um capítulo importante de sua vitoriosa história no clube. No último domingo, diante do Tupi, em Juiz de Fora, o atacante completou a expressiva marca de 200 jogos com a camisa alvinegra. Luan possui grande identificação com a torcida do Galo e uma trajetória recheada de títulos. Ele chegou ao clube em janeiro de 2013 e foi campeão da Libertadores (2013), Copa do Brasil (2014) e Recopa Sul-Americana (2014). O jogador também participou da conquista de três Campeonatos Mineiros (2013/15/17). Além de muita raça e grandes atuações, como na decisão da Recopa Sul-Americana de 2014, foram 39 gols pelo Galo, vários deles decisivos, como gol no primeiro jogo da final da Copa do Brasil de 2014, na vitória por 2 a 0 sobre o Cruzeiro, o gol contra o Flamengo, na semifinal da mesma competição, e o gol no empate por 2 a 2 com o Tijuana, no México, pelas quartas de final da Libertadores de 2013. Confira um bate-papo com o camisa 27: 1 – O que a marca de 200 jogos representa para você? “Primeiramente, agradeço a todos os torcedores pelo carinho que eles têm por mim. Fico muito feliz porque poucos atingem essa marca de 200 jogos pelo clube. Poderia até ser mais se não fossem alguns empecilhos, mas estou feliz, contente. É mais uma camisa que vai para um quadro em casa e, quando eu olhar para ela, vou sentir uma emoção grande por ter completado esses 200 jogos come ela”. 2 – Você chegou ao clube em 2013 quando o Galo tinha jogadores como Ronaldinho e Tardelli, entre outros. Como foi conquistar espaço no time e no coração da torcida, no meio de tantos nomes consagrados? “Tinha só craque, são só lembranças boas. Sou muito grato a Deus por ter jogado ao lado de grande jogadores, Ronaldo, Tardelli, Jô. Eles têm um carinho imenso por mim porque toda vez que lembram conversam comigo, você vê que tem um carinho diferenciado, da mesma forma foi aqui, quando trabalhamos juntos. Então, é gratificante conquistar titulo em um clube grande. O Atlético é muito grande, tem que pensar grande. Independente dos jogadores que vão ficar ou vão embora, aquele que vestir essa camisa tem que pensar grande porque, atrás desse clube, existem torcedores apaixonados que querem ganhar títulos. E o atleta também quer ganhar títulos. O atleta que não cobiçar títulos pode parar de jogar porque não é so dinheiro, tem a emoção, é poder levar alegria para a casa daquele torcedor que vai ao estádio. Essa é a minha meta desde quando cheguei aqui. Quero, quando deixar o clube, deixar lá em cima, como começou minha trajetória aqui”. 3 – Em sua opinião, porque a torcida do Galo se identifica tanto com você? “Acho que é porque sou espontâneo. O que tenho que falar eu falo mesmo, não sou duas caras, esse é o meu jeito, vocês conhecem o meu dia a dia no treino, dou porrada, xingo, no campo é a mesma coisa. Entro um minuto, vou dar o meu melhor, cinco minutos, vou dar o meu melhor e, se começo jogando, vou dar sempre o meu melhor. A torcida do Galo não quer ver um cara tecnicamente espetacular, quer ver raça, entrega. Às vezes, não vai sair tudo aquilo que você espera tecnicamente, mas o torcedor espera sempre disposição, vontade de vencer. Acho que me identifico muito com o torcedor por isso. Desde que cheguei aqui, até hoje, todo lugar que vou. Falei com a minha esposa que não sabia que era tão querido pelos torcedores. Isso que falo para o Otero, que é um dos que se identificam pela entrega, falei para ele, vai lá, atende o torcedor. Então, tem que ser assim mesmo, espontâneo. O Atlético tem uma torcida muito grande, tem que ter seu estádio, conquistar mais títulos, ganhar o Brasileiro, para calar a boca de muita gente, então, a gente vai em busca disso”. 4 – Como foi a sua vinda para o Atlético, você se recorda da reação que teve quando soube do interesse do clube? “Tinha alguns clubes interessados, inclusive do Brasil, times grandes também. As coisas foram se abrindo, vim jogar contra o Galo e só ficava observando o Ronaldinho, a torcida cantando o hino, aquilo contagiava. Recebi uma proposta de fora depois que fiz o gol da vitória em um jogo contra o Santos. Tinha um pessoal que foi lá buscar o Felipe Anderson e gostaram de mim, ganhamos de 1 a 0 do Santos, com Neymar e companhia. Aí, um pastor revelou que eu receberia uma ligação que mudaria minha vida e que Deus queria que eu fosse para um lugar onde eu seria campeão e que eu mudaria a historia do clube e o clube mudaria a historia da minha vida. A gente já estava quase acertado com um time de São Paulo e, de repente, me ligaram dizendo que haviam acertado com o Atlético”. 5 – Qual é a principal diferença entre o Luan que chegou ao Galo em 2013 e o que está aqui, hoje, em 2018? “Maturidade só. A loucura é a mesma. A gente observa mais, conhece mais as pessoas, o dia a dia do clube. Acho que minha maturidade, hoje, dentro de campo, é diferente. No começo, era mais acelerado. Hoje, venho buscar mais o jogo, cadencio mais. Na hora que tenho que acelerar, acelero também. Esse é meu jeito, foi assim que conquistei o torcedor. É como o Jô falava para mim quando a gente estava treinando, você vai ficando mais velho e vai ficando mais experiente. Agradeço e ele também os conselhos de amigo que ele me dava. Isso que faz um time vencedor”. 6 – Conte alguns momentos que marcaram a sua trajetória no clube até agora. “Quando o Ronaldo saiu daqui, falou uma coisa que me marcou muito e vou guardar para sempre. Ninguém vai saber, é segredo. Ronaldo, tamo junto. As palavras que ele falou para mim foram espetaculares e me marcaram muito. Não vou contar para ninguém…(risos). No jogo contra o Flamengo, quando o Levir conversou comigo que iria colocar o Pierre, falei que a única coisa que eu queria era fazer o gol da classificação no jogo de volta e o Mater falou que eu iria fazer mesmo. Disse a ele: vou fazer, fica tranquilo. A cabeça estava só no jogo da volta. Acho que foi o gol mais importante que fiz aqui”. “Teve o gol em Tijuana, na Libertadores, o Cuca me chamou, ele me chamava de talismã, e disse que eu iria entrar e decidir. O Ronaldo também veio me abraçar e falou a mesma coisa, imagina a minha cabeça. Esse momento ficou marcado para sempre. Inclusive o Victorino Chermont, da Fox, que está lá no céu, falei para ele fora do campo que iria entrar e fazer um gol. Esses momentos ficam na nossa memória para sempre, um abraço para a família dele e que Deus conforte os corações”. “O Ronaldo, na concentração, ele ia ao meu quarto me chamar, ele falava que a alegria do Pôquer seria eu porque eu falava tudo errado. O Jô ficava bravo, falava que eu não sabia jogar e ganhava ainda. Mas o Ronaldo é um cara espetacular que vou guardar para sempre. Dentro de campo, só me dava conselho, falava: toca em mim e passa que vou te deixar na cara do gol. Deixou o Bernard milionário…(risos). Ronaldo, tamo junto irmão, Deus abençoe você. Obrigado pelo carinho de sempre, pelas mensagens que sempre manda para mim. Tardelli também, tamo junto”. 7 – Depois que encerrar a carreira, o Luan se imagina como torcedor, vibrando com o Galo na arquibancada? “Esse é meu jeito. O Cazares fica P. da vida: senta aí maluco. Não consigo ficar parado, é meu jeito, foi assim desde que eu jogava na várzea em Alagoas, então, não vou mudar, se cheguei aqui com esse meu jeito, hiperativo, porque vou mudar para agradar as pessoas. Tenho que ser o que sou, na frente das câmeras ou fora das câmeras. Sou hiperativo, às vezes triste, às vezes feliz, normal do ser humano. Mas não sei ainda. Meu último ano de contrato, tenho planos de conquistar títulos aqui nesse ano de 2018. Meu objetivo é conquistar, meu sonho é levantar mais uma taça aqui. Mas sou feliz aqui, onde moro, tenho uma parte mineira dentro de mim”. Publicado 26 de Fevereiro de 2018, às 17:21.

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