domingo, 13 de agosto de 2017

Dirigente rebate protesto de torcida contra ele: "Se não gostam de mim, respeito" Em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com, André Figueiredo, superintendente de futebol do Galo, repercute faixa estendida por torcedores neste domingo pedindo a saída dele do clube Por Guilherme Frossard, de Belo Horizonte 13/08/2017 19h47 Atualizado há 5 horas O Atlético-MG "lavou a alma" neste domingo, no Independência, e voltou a vencer em casa após cinco jogos. O adversário foi o Flamengo, que voltou para o Rio amargando a derrota por 2 a 0. Além do reencontro entre o Galo e as vitórias, outra coisa chamou a atenção durante a partida. Alguns torcedores atleticanos estenderam uma faixa e protestaram contra André Figueiredo, superintendente de futebol do clube. A faixa dizia "Fora, André Figueiredo!", e gritos nada amistosos foram direcionados a ele, que assistia ao jogo no local em que os dirigentes do Galo sempre assistem: em local reservado em cima do vestiário. Após a partida, o GloboEsporte.com conversou de forma exclusiva com André Figueiredo. Ele ressaltou o direito dos torcedores de protestar, mas garantiu que a manifestação não muda em nada as convicções que ele tem. - O torcedor tem o direito de manifestar da forma que lhe convier. Com faixa, com grito, cântico, palma, vaia. Tem todo o direito de protestar. Se alguns torcedores não gostam de mim e protestaram, eu respeito. A gente vai seguir trabalhando, vai seguir planejando para que o Atlético alcance um lugar mais alto na tabela, para chegar na Libertadores do ano que vem. Seguir em frente, trabalhando. Não muda nenhuma conviccção. Tenho experiência suficiente para saber o que a gente está fazendo. São alguns poucos torcedores, e eles têm o direito de manifestar, têm o direito de não gostar de mim. Protestando sem violência, eles têm liberdade. Minutos após a exibição da faixa, seguranças e policiais militares apareceram, e os torcedores a recolheram. O Atlético-MG, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que não partiu do clube nenhuma ordem para que a faixa fosse recolhida. André também garantiu que não partiu dele. - Queria também deixar claro que não fui eu que mandei tirar a faixa. Eles têm o direito de protestar, e eu tenho o direito de continuar trabalhando. Por que protestaram? A reportagem questionou o superintendente sobre a razão dos protestos, de acordo com o entendimento dele. Seria por um planejamento falho? André diz que, se o motivo do protesto for esse, não há sentido em ele ser o alvo. - Quanto ao erro de planejamento, com todo o respeito, tenho dois meses no profissional. O ano já estava planejado. Se foi esse o motivo da faixa, eles se equivocam. Creio que não foi esse o motivo da faixa, podem ser outros motivos. Também não quero saber qual é o motivo. Importante que a gente vai continuar trabalhando, e eles têm o direito de protestar. Com faixa, com vaia, com grito. Sem violência, vale tudo. Por fim, o dirigente do Galo também comentou o alívio após a boa vitória com o Flamengo. Destacou uma melhora técnica da equipe nos últimos jogos e o tempo que Rogério Micale terá, a partir de agora, para preparar mais o time durante as semanas "cheias" de trabalho. - Alívio, porque dá mais tempo para trabalhar. O campeonato agora vai ser de domingo a domingo para a gente. Temos um treinador que chegou fazendo seis jogos em 15 dias, com pouco tempo para trabalhar a maneira que ele gosta de jogar. Mas já ficou evidente a maneira que gosta de jogar. O time vem evoluindo taticamente desde o primeiro jogo (de Micale). Na minha visão, jogamos bem contra o Corinthians, jogamos bem contra o Jorge Wilstermann. E hoje jogamos bem e vencemos. Essa vitória dá uma tranquilidade para seguir trabalhando durante a semana, com mais tempo para trabalhar, para deixar o grupo homogêneo em relação à parte física, tática e técnica. E a gente espera que os resultados venham para frente.

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