terça-feira, 15 de agosto de 2017

Com bons números, Felipe Santana volta bem e diz ter "gratidão eterna" a Micale Zagueiro, vice-líder em desarmes no time do Atlético-MG no Brasileirão, comemora boa atuação no retorno após lesão e elogia concorrente Bremer: "Monstro de forte" Por Guilherme Frossard, de Belo Horizonte 15/08/2017 16h58 Atualizado há 2 horas Se você tivesse que palpitar sobre quais são os jogadores do Atlético-MG que mais desarmam no Brasileirão, provavelmente não incluiria Felipe Santana na lista. Reserva, o zagueiro fez apenas nove jogos no campeonato, menos da metade das partidas disputadas pelo Galo. Mesmo assim, ele é o segundo no ranking de desarmes do time, com 56. Perde apenas para Gabriel, com 69, mas com 12 jogos. - Fico muito feliz em saber que, mesmo fazendo menos jogos que meus companheiros, continuo sendo um dos líderes nesse quesito. Cada jogador tem seu ponto fraco, seu ponto forte. O "bote certo" acaba sendo primordial, principalmente na posição de zagueiro, quando você precisa ser cirúrgico, letal. Isso foi o que me credenciou durante toda a minha carreira. Credito os bons números a um trabalho intenso que venho fazendo dentro e fora de campo. Assistindo mais jogos, procurando encontrar a melhor posição para mim durante o jogo. Tenho muito a acrescentar, a melhorar no Atlético. Espero que isso possa fazer com que eu retorne a ser o Felipe que sempre fui. - comemora, em entrevista exclusiva ao GloboEsporte.com. O baixo número de jogos do zagueiro no Brasileirão tem duas justificativas. Além do bom momento vivido pelos titulares Gabriel e Léo Silva, Felipe sofreu um estiramento na coxa direita e ficou parado por aproximadamente um mês. Voltou contra o Flamengo, quando Gabriel sofreu uma cotovelada e precisou ser substituído. E não comprometeu. Pelo contrário: fez um jogo seguro, ajudando o time a conquistar a vitória do "alívio", após eliminações muito sentidas na Copa do Brasil e Libertadores. De volta à ativa, ele garante que está bem fisicamente. - A lesão já é passado. Foram 25 dias de trabalho intenso, onde eu procurei fortalecer demais esse músculo, que para zagueiro é muito exigido no contato, força e explosão. Graças a Deus, nos trabalhos do dia a dia já não estava sentindo mais nada. É muito bom voltar com vitória, reestrear fazendo uma excelente partida. Isso me dá muita confiança para o restante da temporada. É claro que ainda me falta um pouco de ritmo de jogo por conta do tempo parado, mas estou no caminho certo para recuperar a forma ideal. Disputa sadia Enquanto ele esteve fora, oportunidades na defesa apareceram, e quem agarrou muito bem foi Bremer. O garoto, revelado na base do Galo e de apenas 20 anos, fez jogos seguros e mostrou muita personalidade. Agora cabe a Rogério Micale definir o "primeiro reserva". Felipe fala sobre a qualidade do jovem zagueiro e a disputa sadia por posição. - O Bremer é um diamante da base. Um zagueiro que, apesar de novo, é bem experiente. É um garoto que sempre procura escutar aquilo que falamos para ele, está sempre ouvindo, sempre trabalhando. Sem contar o quesito força, é um monstro de forte. Tem toda uma carreira pela frente. Nós, mais experientes, vamos ajudar ele nessa caminhada, porque quem tem a ganhar é o Atlético. Ele tem o sonho de jogar na Europa. Nós, que já estivemos lá, podemos acrescentar com algumas dicas. Vejo o Bremer fora do Brasil em um futuro não muito distante. Com relação à vaga de primeiro reserva, isso quem vai decidir é o Rogério (Micale). O Atlético tem muitos bons jogadores, não só o Bremer. Tem o (Matheus) Mancini, Jesiel, Rodrigão. Eu vejo o Atlético muito bem servido de zagueiros. Espero que a disputa seja sadia, que nós possamos crescer juntos e ajudando o Atlético, que é o objetivo principal. Treinador amigo Felipe Santana tem algo que joga a seu favor na disputa por posição no Atlético-MG. É um velho conhecido de Rogério Micale, que foi seu treinador no Figueirense, no início da carreira do zagueiro. O bom relacionamento dos dois, portanto, vem de longa data. - O Rogério é muito mais que um treinador para mim. É um amigo, uma pessoa que tenho uma gratidão eterna por tudo que me ensinou na época de Figueirense. Voltar a trabalhar com ele é muito especial. Espero, nessa reta final de campeonato, no segundo turno, dar minha contribuição e atingir novamente, aqui no Atlético, o nível que me fez ir para fora e permanecer lá por dez anos, ainda mais com o Rogério. Por fim, Felipe Santana também falou sobre a busca pela confiança do torcedor atleticano, já que alguns ainda têm um "pé atrás" com ele em função de algumas falhas na temporada, especialmente contra o Cruzeiro, no primeiro clássico do ano, quando um erro em uma jogada aérea foi determinante para a derrota por 1 a 0, no Mineirão, em jogo válido pela Primeira Liga. - Falhas acontecem. Ainda mais quando você vem de muito tempo parado, de uma readaptação. Isso é um processo natural das coisas. Eu já sabia que poderiam acontecer. Aconteceram em momentos decisivos, não só para o Atlético, mas para o torcedor, como foi o caso do clássico, mas era nítido e visível que o que me faltava era ritmo. Hoje, esse ritmo começa a me reencontrar, me colocando em estado de confiança novamente. Confiança é uma coisa que se conquista durante muito tempo, e se quebra muito fácil. Torcedor no Brasil, e no Atlético, é um torcedor passional. Acho que a melhor maneira de mostrar que eu mereço a confiança deles é com resultados. Isso sempre foi o intuito do retorno ao Brasil: mostrar resultados e buscar meus sonhos.

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