terça-feira, 20 de junho de 2017
'Estepe': Atlético apresenta Roger Bernardo para proteger possível saída de Rafael Carioca
Frederico Ribeiro
fmachado@hojeemdia.com.br
20/06/2017 - 06h23
Quase seis meses se passaram e Roger Bernardo finalmente pôde vestir a camisa do Atlético, mesmo que tenha sido apenas na apresentação oficial. O jogadorde 31 anos será inscrito pelo Atlético hoje, na reabertura da janela de transferência internacional para o Brasil. E chega para ser o “estepe” da possível saída do volante Rafael Carioca.
Como de praxe no planejamento da equipe alvinegra, a diretoria do Galo contrata uma peça de reposição antes de “passar no cobre” um titular com potencial mercadológico.
Atualmente, além do zagueiro Gabriel e o meia-atacante Cazares, é Rafael Carioca que tem maiores chances de zarpar para a Europa. Inclusive, o camisa 5 do time já recebeu uma oferta oficial do Tiajin Teda-CHI, em janeiro, por 5 milhões de euros.
Na época, a quantia era de R$ 17 milhões, sendo que o Galo tem direito a 50% dos direitos econômicos do jogador, e a outra metade pertence ao Spartak Moscou. Na época, o Galo avaliou a oferta como abaixo do esperado. Sendo que o alvinegro havia acabado de “abrir mão” de dois outros volantes, Junior Urso e Donizete.
Agora, o Atlético já se reforçou com Adilson, além do próprio Roger Bernardo, ambos vindo de graça, após fim de contrato com o Terez-RUS e Ingolstadt-ALE. Isso sem contar com Elias, atuando mais na lateral do campo, e as subidas de Yago e Ralph.
“Queremos fortalecer sempre a ideia que suba alguém da base, renovar contratos de jogadores importantes e sempre apresentar um novo jogador para uma posição que pode ficar carente no futuro”, disse o presidente do Atlético, Daniel Nepomuceno, durante a apresentação do volante Roger Bernardo.
Para o mandatário do Galo, é contratando jogadores e vendendo-os por um preço maior que se mantém o balanço financeiro do clube equilibrado e, mais do que isso, capacita a diretoria em montar elencos de alto escalão, como o atual que, na avaliação de Nepomuceno, tem o dever de brigar pelos três grandes títulos: Libertadores, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro.
“Gosto de brigar pela bola, mas faço a leitura da partida. Acho que tenho tudo para dar certo no Atlético ao lado desses grandes profissionais. Só a adaptação dentro de campo, porque o treino é uma coisa, o jogo é outro”
EXEMPLOS DE ‘ESTEPES’
Além da vinda de Roger Bernardo para uma provável saída de Rafael Carioca, houve outras situações recentes que apontaram para a regra da diretoria em contratar antes de vender. O zagueiro Jemerson foi negociado com o Monaco em 2016 após a vinda do equatoriano Erazo, que também estava livre no mercado.
Já no meio do ano passado, o Galo trouxe Fábio Santos junto ao Cruz Azul para ser reserva de Douglas Santos. Após o ouro olímpico, ficou impossível segurar o jovem lateral-esquerdo, que fez as malas para a Alemanha, defender o Hamburgo, já com um substituto presente no elenco.
O último exemplo desta tática aconteceu no comando do ataque. Fred foi contratado há um ano, quando Lucas Pratto cansava de receber ofertas nas janelas. Em janeiro, o São Paulo apresentou uma formal, e o argentino pediu para sair. Foi negociado como a “segunda maior venda da história do clube”, já deixando Fred como herdeiro da camisa número 9.
“O problema é quando não há planejamento. Quando eu recusei a proposta pelo Pratto, muita gente criticou. Naquele momento eu não tinha peças para substituir. Quando você contrata (a peça), você não perde tanto com a saída”, disse Nepomuceno.
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