domingo, 25 de junho de 2017

Luan lembra 2013 para cobrar reação do Galo: "Até o Ronaldinho dava carrinho" No Atlético-MG há cinco anos, atacante mostra dois caminhos para a volta por cima: "Seja na porrada, como era com Donizete e Pierre, seja na técnica, como era com Tardelli e Ronaldinho" Por Guilherme Frossard e Rafael Araújo, de Belo Horizonte 25/06/2017 06h01 Atualizado há 6 horas A pergunta "qual é o melhor time da história do Atlético-MG?" pode até gerar dúvida e discussão entre os torcedores do Galo, principalmente os mais antigos. Quanto ao time mais vitorioso, porém, não há dúvidas: o de 2013 e 2014, sob comando de Cuca e Levir Culpi, respectivamente, foi campeão da Libertadores, Recopa Sul-Americana e Copa do Brasil. Para Luan, atacante do Galo desde o ano da conquista continental, aquele time com Pierre, Leandro Donizete, Ronaldinho, Diego Tardelli, Bernard e companhia pode servir de exemplo para o atual, comandado por Roger Machado e com novas estrelas. É bem verdade que a equipe mudou o estilo de jogar. O "Galo doido", extremamente ofensivo e rápido, deu lugar a um time mais cadenciado, de mais toque de bola e um futebol mais seguro. Fato também que a transformação precisa de uma adaptação, que está acontecendo gradativamente. Mesmo assim, há muito daquele time de 2013 para servir de exemplo. Luan lembra com carinho. - É passado, mas vamos elogiar. Tínhamos o Tardelli, com muita dinâmica. Ele é ídolo, é diferente. Tínhamos Pierre e Donizete, os caras batiam o jogo inteiro, e era até gostoso, porque você batia junto com eles (risos). O Ronaldinho eu corria pra ele. Falava “fica aí parado, vou dar porrada em um, vou dar a bola em você”. Sabia que ele ia resolver. Até o Ronaldinho estava dando carrinho, várias vezes. Ele segurava três jogadores, por isso que o Bernard ficou milionário (risos). O Ronaldinho segurava três, dava no Jô, o Jô enfiava pro Bernard... meu parceiro Bernard, saudade, espero que ele volte em breve. Em tom de saudosismo, Luan lembrou do time vitorioso de 2013, mas também analisou com otimismo as chances de sucesso do grupo atual. Ciente da mudança de estilo, ele analisa duas possibilidades de o time dar a volta por cima: na "porrada" ou na técnica. - É um estilo de jogo diferente, claro. Vocês sabem que é diferente. O Roger está tentando colocar a filosofia dele. Jogadores diferentes também. Temos que adaptar com os que estão aqui. Temos jogadores de seleção brasileira: Fred, Robinho, Fábio Santos, Elias, Victor, Marcos Rocha. A gente precisa se adaptar o quanto antes. Já foram nove rodadas (do Brasileirão), a gente fez dez pontos. Isso é muito pouco para o Atlético. Temos que ver, conversar bastante. Tentar resolver de alguma forma. Seja na porrada, como era com Donizete e Pierre, seja na técnica, como era com Tardelli e Ronaldinho. - Temos que dar a volta por cima. Temos jogadores aqui que foram escolhidos para fazer essas funções. Claro que nunca vai ser igual aos que passaram, mas cada um tem as suas características. Robinho tem uma técnica apurada, o Fred é matador, o Elias dá gosto de ver jogar. A gente tem tudo para melhorar, basta a gente querer, vai dar certo. Temos que pensar positivo e dar a volta por cima. No momento difícil, surgem os grandes jogadores. Vamos provar novamente que aqui tem grandes jogadores - completa Luan. Neste domingo, o Atlético-MG vai a campo contra a Chapecoense, às 19h (de Brasília), com um time alternativo. Roger Machado vai poupar os principais jogadores para os confrontos contra Botafogo, pela Copa do Brasil, Cruzeiro, pelo Brasileirão, e Jorge Wilstermann, pela Libertadores. Os três jogos serão determinantes para a temporada atleticana e a continuação do trabalho do treinador.

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