domingo, 25 de dezembro de 2016

Libertad: time de 'ex-chefão', troca de técnicos, ameaça como visitante e artilheiro veterano Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 22/12/2016 - 07h00 - Atualizado 14h02 Em 1946, um jovem jornalista de 18 anos sofria com mais uma derrota do Libertad, desta vez em uma viagem internacional ao Brasil, para enfrentar um time com as mesmas cores. Num amistoso no antigo e demolido Estádio Antônio Carlos, o Atlético não deu chances para os paraguaios e venceu por 2 a 0. O desgosto daquele dia passou rápido para aquele torcedor. Ele alcançaria algo que sempre sonhou próprio clube do coração: o posto máximo da América do Sul. Nicolás Leoz, ex-presidente da Conmebol (1986-2013) é que faz o Libertad ser conhecido. Sem títulos internacionais, o time paraguaio chega nesta Libertadores 2017 para defrontar o Atlético novamente, além dos argentinos do Godoy Cruz e os bolivianos do Sport Boys. Conheça mais sobre o rival alvinegro do Galo. COMO CHEGOU NA LIBERTADORES O Libertad é um dos quatro representantes do Paraguai na Libertadores 2017. Pode-se dizer que ele foi o primeiro clube do país vizinho a garantir a vaga, pois se sagrou campeão do torneio Apertura da "Primera División", disputado até maio deste ano. O DESEMPENHO EM 2016 A equipe alvinegra fechou 2016 da seguinte maneira: 46 jogos, com 25 vitórias, 8 empates e 13 derrotas, num retrospecto geral de 60,14%. Marcou 71 gols e sofreu outros 47. Das 25 vitórias obtidas, a maioria (14) foi como visitante, tornando o time mais letal fora do que dentro de casa (62,3% x 57,9% de aproveitamento). Contra os outros três times paraguaios que estarão na Libertadores 2017, o Libertad se mostrou firme. Enfrentou Olimpia, Guarani e Deportivo Capiatá em quatro jogos, cada. Vendeu duas vezes o Guarani, com um empate e uma derrota. Diante do Olimpia, empatou duas vezes, perdeu uma e ganhou a outra. Em confrontos contra o modesto Capiatá, venceu três e empatou um jogo. Salcedo recebe prêmio de revista por ser o "máximo goleador de todas as ligas da América" COMANDO DA EQUIPE A taça do Apertura, só foi levantada após uma troca no comando. Saiu o uruguaio Eduardo Rivera (que perdeu dois jogos consecutivos para o modesto Rubio Ñú) e entrou o paraguaio Roberto Torres. Torres conseguiu dar liga ao time e emendou oito vitórias seguidas entre abril e maio, chegando no sprint final do Apertura com os turbos ligados. O jovem comandante, entretanto, não resistiu muito tempo no cargo. Após ser eliminado pelo Palestino (duas derrotas), foi sacado e substituído por Eduardo Villalba. O segundo paraguaio patinou e chegou ao Clausura em terceiro lugar. Já não estará mais no banco de reservas da equipe em janeiro. A diretoria do Libertad contratou o espanhol Fernando Jubero. Ele ficou conhecido pela campanha surpreendente do Guarani-PAR na Libertadores 2015, quando eliminou o Corinthians em pleno Itaquerão e atingiu as semifinais, perdendo para o River (futuro campeão). A ATMOSFERA DO ESTÁDIO O Libertad manda os jogos no Estádio Dr. Nicolás Leoz, batizado em homenagem ao ex-presidente da Conmebol e torcedor ilustre da equipe. O local pode ser rotulado de "acanhado", pois tem uma capacidade de apenas 10 mil pessoas. Quando o regulamento impossibilita o uso desta "cancha", a equipe paraguaia pode se deslocar até o Manuel Ferreira, estádio do Olimpia, ou o Defensores del Chaco, o mais conhecido palco do futebol paraguaio, utilizado por Cerro Porteño, Olimpia e a Seleção local, famoso pelo clima hostil. HISTÓRICO NA LIBERTADORES 19 vezes campeão nacional, o Libertad ainda luta para ser mais reconhecido internacionalmente. Irá disputar a 16ª Libertadores de seus 111 anos de fundação. Jamais chegou a uma final. As campanhas recordes são de 1977 e 2006, quando atingiu as semifinais. Nas duas últimas vezes em que competiu na Libertadores, em 2015 e em 2013, caiu na fase de grupos do torneio. JOGADORES DESTACADOS O Libertad tem um elenco marcado pela experiência de seus jogadores. Um dos destaques é o atacante Santiago Salcedo, de 35 anos, um goleador com 26 gols em 2016. Com passagens por equipes da Argentina e no futebol turco, é a grande referência. Além disso, há um ex-jogador do Atlético. O zagueiro Pedro Benítez, também de 35 anos, está no clube desde 2013 e teve uma passagem apagada pelo Galo entre outubro de 2009 e maio de 2010.

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