segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Há 45 anos, Atlético fazia 1 a 0 no Botafogo e ganhava o título do Brasileiro de 1971 Alexandre Simões asimoes@hojeemdia.com.br 19/12/2016 - 09h01 - Atualizado 15h17 O Brasil vivia tempos de Ditadura e de encanto pelo futebol, pois a Seleção tinha conquistado no ano anterior, no México, o primeiro tricampeonato mundial, com aquela que é considerada até hoje a maior equipe de todos os tempos. Pode parecer estranho, mas os dois fatos têm ligação direta com a conquista do Campeonato Brasileiro de 1971 pelo Atlético, que completa hoje 45 anos. A competição contou com todos os 22 jogadores que participaram da Copa do México. E começou com uma lista de favoritos recheada por esquadrões, como o Santos, de Pelé, o Botafogo, de Jairzinho, o Corinthians, de Rivellino, o Cruzeiro, de Tostão, o São Paulo, de Gérson, isso sem falar no Palmeiras, de Ademir da Guia. Mas quem levantou a taça foi o Atlético, comandado pelo técnico Telê Santana. Com um time de um futebol solidário, mas também ofensivo, ele conseguiu desbancar adversários com um poder individual maior, mas sem a mesma capacidade de praticar um jogo coletivo como aquele Atlético tinha. Resposta Entre os 23 jogadores escalados por Telê Santana na campanha do título, é impossível tirar do centroavante Dario o protagonismo. Além de ser o artilheiro da competição, com 15 gols, ele balançou as redes em momentos decisivos muito antes do gol do título, sobre o Botafogo, no Maracanã. Para o folclórico jogador, as duas conquistas, o título e a artilharia, tiveram um sabor de resposta. Em 1970, ainda com João Saldanha de treinador da Seleção Brasileira, o presidente Emílio Garrastazu Médici sugeriu a convocação de Dario ao técnico. Com seu estilo polêmico, João Saldanha respondeu que o “presidente cuidava do ministério e ele, da Seleção”. Após a queda de Saldanha, em março de 1970, ficou sempre no ar a suspeita de que ela tinha acontecido, também, por causa do episódio com o presidente. No Brasileirão de 1971, Dario provou que não precisava de padrinho para defender a Seleção. Era sim, na época, o maior artilheiro do país.

Nenhum comentário: