domingo, 29 de março de 2015

Inspirado em Gandhi, Levir troca punição por aproximação no trato com jogadores Após reintegração de André, Jô e Emerson, técnico aconselha Carlos postado em 21/02/2015 19:14 / atualizado em 21/02/2015 19:25 Thiago de Castro /Superesportes Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press Levir Culpi não abre mão da disciplina na Cidade do Galo. Mas isso não impede que ele seja considerado um “paizão” pelos jogadores. Não faltam motivos que respaldam a definição. Após anos no Japão, o treinador voltou diferente ao Brasil, mais maduro. O estilo oriental de ver a vida o auxilia principalmente na gestão do elenco. A punição, muitas vezes necessária, pode ser trocada pela aproximação. Uma boa conversa pode ajudar mais que um castigo. Esta é a linha de trabalho de Levir. É assim que ele espera que o jovem atacante Carlos não se perca na carreira após um momento de instabilidade fora de campo. “É um dos mais jovens do elenco. Tenho que saber lidar com jogadores mais novos e experientes. A maneira de tratar é diferente. Quando falo com o Leo Silva, é diferente. Tem uma experiência, liderança. Quando se pega o Dodô, o Carlos, eles somente sonham, às vezes não pisam no chão. Uma palavra de jogadores como Josué, Pierre é importante”, explica Levir. O treinador teve uma conversa franca com Carlos nessa sexta-feira. O atacante não foi ao Chile para enfrentar o Colo Colo na quarta-feira por se queixar de dores musculares e teria se ausentado de um treinamento na Cidade do Galo no início da semana. Neste domingo, a jovem promessa terá a chance de ser titular contra o América, no Independência. Em outro caso, Levir também demonstrou compreensão com outros jogadores. Jô, André e Emerson Conceição ganharam nova oportunidade de defender o Atlético em 2015 após ato de indisciplina no ano passado. Segundo o treinador, o passar dos anos o deixou mais maduro. Uma das suas inspirações é a história de vida do indiano Mahatma Gandhi. “É a idade. A gente começa a perdoar. Chega em um momento da vida que a gente quer atacar, pegar. Agora passa um pouco o tempo e você percebe que a aproximação é mais fácil que a punição. Tenho assistido a filmes do Gandhi. É uma lição de vida para passar para os outros. Tomara que não aprendam só com a minha idade”, afirma o comandante atleticano.

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