sábado, 16 de março de 2019

O que se passa na cabeça de Levir no Galo? Tentamos explicar os dilemas O Super FC reuniu pontos que o treinador tem levado em consideração na tentativa de formar a equipe ideal Thiago Nogueira | @supernoticiafm 15/03/19 - 07h00 Levir Culpi dedicou a metade dos seus 66 anos recém-completados à função de treinador de futebol – isso, sem contar os 15 como jogador profissional. A vasta experiência, no entanto, não lhe dá garantia de estar sempre no caminho correto. Em sua quinta passagem pelo Atlético, o técnico sofre um momento de contestação, reflexo dos recentes maus resultados na Copa Libertadores. Mas o que passa na cabeça de Levir? O que ele está levando em consideração para formar a equipe, criticada pelo baixo desempenho nas últimas partidas? Na tentativa de responder essas questões, o Super FC reuniu alguns pontos pensados para o treinador formatar a equipe alvinegra (veja abaixo). Toda mudança requer tempo e treinamento. E é a isso que ele se apega agora. Há também critérios que passam pelo gosto do treinador, como a escolha por Patric na lateral direita, e decisões que passam por um diagnóstico da comissão técnica, fato normalmente tratado internamente. Para o zagueiro e capitão Réver, é preciso diálogo para corrigir os problemas. “Entre nós, jogadores, temos que ser francos e não esconder uma certa dificuldade, até mesmo na maneira como o treinador utiliza cada um na equipe. Isso é maturidade e profissionalismo. Até porque, a partir do momento em que um jogador vai ser colocado em uma posição que talvez não seja a dele, isso deve ter sido conversado antes”, avaliou o defensor. No próximo domingo, o Galo enfrenta o América, no Mineirão, pela penúltima rodada da primeira fase do Campeonato Mineiro. Em caso de vitória, o alvinegro garante o primeiro lugar, ganha vantagens nas fases de mata-mata e alivia a pressão de momento. Mudança de estilos Levir chegou em outubro do ano passado para o lugar de Thiago Larghi, um dos nomes da nova safra de treinadores brasileiros do futebol brasileiro. Com o jeitão despojado e irreverente, Levir alcançou o objetivo inicial, recolocando o Galo na disputa continental. Já em 2019, na busca pela equipe ideal, adotou uma forma de jogar, mas, insatisfeito com peças e encaixes, mudou características táticas. Só que o empate com o Defensor-URU e a derrota para o Cerro Porteño-PAR, ambos em casa, e o revés fora de casa diante do Nacional, na última terça-feira, colocaram as decisões do treinador em xeque. Os pontos estudados pelo treinador atleticano na tentativa de melhorar o rendimento da equipe Esquema tático Levir não tem achado o desempenho de Chará suficiente para mantê-lo no time e, por isso, passou a optar por escalar Elias mais adiantado. O time se reforça defensivamente, mas perde ligação com o ataque. A queda no número de gol explica é nítida. E toda mudança requer tempo. Laterais Na direita, o esforçado Patric, que não agrada o torcedor, fica ainda mais pressionado quando comete erros. Mas o treinador ainda não vê Guga com a capacidade de assumir o posto. Pode ser uma questão de confiança do técnico para com o jovem. Na esquerda, Fábio Santos não vem tendo a mesma produtividade, mas carece de um substituto à altura. Criatividade A cabeça pensante da equipe é o equatoriano Cazares. Ele tem habilidade e visão de jogo, mas acaba sobrecarregado na função, ainda ainda mais sem o apoio dos laterais. Com atribuições também de marcar, Luan tem se mostrado apagado. Avaliações Levir gosta de se apegar a números de desempenho de atletas para optar por este ou aquele titular. O monitoramento da comissão técnica é permanente, mas há informações que não podem ser externadas para não expor seus comandados. Sem externar os problemas, cria-se suposições, alimentando críticas, refletindo no ambiente. Suplentes Quando precisa mudar o time durante a partida, Levir não tem assim tanta oferta no banco de reservas. Contra o Cerro Porteño, po exemplo, precisou colocar o meia Nathan como volante. O treinador ainda perdeu a opção de Maicon Bolt, que se machucou, já está recuperado, e pode voltar em breve. Reforços O Atlético se reforçou pontualmente para a temporada, especialmente na defesa. Último contratado, Geuvânio não pode jogar na fase de grupos da Libertadores e Papagaio, que passou a treinar com o grupo ontem, vira opção. Ir ao mercado agora não adiantaria, pois só se pode inscrever atletas a partir das oitavas de final.

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