terça-feira, 26 de março de 2019

Cruzeiro vai colar no Atlético em público na Libertadores na Era das novas arenas de BH Alexandre Simões @oalexsimoes 26/03/2019 - 07h00 - Atualizado 07h42 A volta do Atlético ao Mineirão retorna com a discussão que domina o futebol mineiro desde 2013, quando o clube passou a ter o Independência como casa e o Cruzeiro, o Gigante da Pampulha: quem leva a melhor nessas escolhas? No geral, há prós e contras dos dois lados. Quando se trata de Copa Libertadores, não há dúvida de que a vantagem é cruzeirense. E são os números que provam isso. Nesta quarta-feira (27), às 21h30, contra o Deportivo Lara, da Venezuela, a Raposa inicia sua quarta participação na Copa Libertadores usando o novo Mineirão. E apesar de o Atlético estar disputando a sexta edição no mesmo período e de ter 11 jogos a mais após o Cruzeiro encarar os venezuelanos, o número de torcedores que cada um levou ao estádio será praticamente o mesmo. Em 27 jogos, a partir de 2013, o Atlético tem um público total de 613.786. São 69.288 torcedores a mais que o Cruzeiro, que levou 544.498 pessoas ao Mineirão em 15 partidas, mesmo tendo chegado apenas às quartas nas três edições, sendo que o rival foi campeão em 2013, vencendo o Olimpia, do Paraguai, no Gigante da Pampulha. Essa diferença se deve ao fator Mineirão, pois a média de público cruzeirense (36.299) é mais que um Independência e meio. Já a do Atlético, mesmo com quatro dos 27 jogos disputados no Mineirão, é de 22.732. A menor média de público cruzeirense, que foi 32.104 torcedores por partida, é superior a qualquer uma do Atlético a partir de 2013. A Libertadores 2019 tem um atrativo a mais para a rivalidade mineira, pois a discussão envolvendo a presença de público no estádio é uma “briga” eterna entre atleticanos e cruzeirenses. Renda bruta Os R$ 14.176.146,00 arrecadados pelo Atlético na noite de 24 de julho de 2013, quando conquistou a Copa Libertadores superando o Olimpia, do Paraguai, nos pênaltis, no Mineirão, desequilibram em valores absolutos a comparação de renda bruta com o Cruzeiro na competição internacional a partir de 2013. Flávio Tavares Atletico Olimpia 2013 Libertadores A renda da final da Libertadores contra o Olimpia, há quase seis anos, segue como a maior de clubes no Brasil Mas apesar dessa fortuna, recorde nacional em se tratando de clubes, na média o Cruzeiro supera o Atlético, apesar de ser por cerca de R$ 75 mil. A média atleticana é de R$ 1.735.955,72 por partida. A cruzeirense, de R$ 1.809.562,04. Se forem retiradas da conta as arrecadações do Atlético nos quatro jogos que ele disputou no Mineirão pela principal competição de clubes da América – R$ 18.489.106,00 –, ele fica com uma renda bruta de R$ 28.381.698,50 nas 23 partidas em que foi mandante no Independência, a partir de 2013, média de R$ 1,233.986,89. Este valor é quase R$ 600 mil menor que o do Cruzeiro. Para qualquer comparação de média de renda do Atlético, no Mineirão, pela Libertadores, é preciso desconsiderar a fortuna da final de 2013 contra o Olimpia, do Paraguai. Assim, nos outros três jogos no Gigante da Pampulha, o Galo somou R$ 4.321.960,00. A sua média é de R$ 1.437.653,33, apenas R$ 200 mil a mais que a alcançada no Independência. Preço popular Mas no Mineirão, o Atlético consegue praticar um preço de ingresso bem mais popular, de R$ 39,05, contra R$ 75,22 do Horto. A cruzeirense é de R$ 49,85. Ricardo Bastos/Arquivo Hoje em Dia Cruzeiro River Plate 2015 Libertadores Nas quartas de final de 2015, contra o River Plate, da Argentina, o Cruzeiro teve sua maior renda de Copa Libertadores no Mineirão, R$ 3.646.216,00 Quando se compara as médias de público nos dois estádios, mais uma vez tirando os 56.557 pagantes da decisão continental, percebe-se que quando joga no Gigante da Pampulha a média alvinegra é superior em quase a capacidade do Independência. Nos 23 jogos no Horto, são 16.403 torcedores de média nas 23 partidas de Libertadores disputadas lá. Nos três jogos no Mineirão, esse número é de 36.890.

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