sexta-feira, 29 de março de 2019

Galo 111 anos: outro lado da relação do clube com locais importantes de BH Atlético tem uma relação histórica com BH, mas que é representada em praças, avenidas e locais bem conhecidos e outros menos famosos da capital Frederico Ribeiro | @Supernoticiafm 29/03/19 - 10h01 Belo Horizonte tinha apenas 10 anos de existência quando o mais antigo clube de futebol ainda vivo surgia no coração da jovem capital. O Atlético celebrou 111 anos na última segunda-feira com uma história de ligação umbilical com BH. Emanam nas ruas, avenidas, prédios e praças da cidade referências silenciosas sobre figuras que ajudaram a construir o Galo, criado em 1908 no desejo de jovens adolescentes em jogarem bola. Um sonho despretensioso, que aglutinou nomes que se tornaram importantes para Belo Horizonte em outras áreas. Por exemplo o Hospital Odilon Behrens leva o nome do médico amigo íntimo de Juscelino Kubitschek, e que defendeu o gol do Atlético na década de 1920. ODILON BEHRENS O Mineirão vai estar novamente lotado neste domingo com mais de 40 mil atleticanos Foto: Pedro Souza/Atlético Frederico Ribeiro | @Supernoticiafm 29/03/19 - 10h01 Belo Horizonte tinha apenas 10 anos de existência quando o mais antigo clube de futebol ainda vivo surgia no coração da jovem capital. O Atlético celebrou 111 anos na última segunda-feira com uma história de ligação umbilical com BH. Emanam nas ruas, avenidas, prédios e praças da cidade referências silenciosas sobre figuras que ajudaram a construir o Galo, criado em 1908 no desejo de jovens adolescentes em jogarem bola. Um sonho despretensioso, que aglutinou nomes que se tornaram importantes para Belo Horizonte em outras áreas. Por exemplo o Hospital Odilon Behrens leva o nome do médico amigo íntimo de Juscelino Kubitschek, e que defendeu o gol do Atlético na década de 1920. ODILON BEHRENS Ainda nos primeiros anos de vida, o Atlético buscava um local para jogar. O campo escolhido foi um terreno baldio onde hoje é o Minascentro, na Augusto de Lima. O trabalho por um pedaço de terra esbarrou num conflito com Rômulo Joviano, criador do antigo Yale, que detinha a posse de dois campos em Belo Horizonte. Um deles, por consentimento de Olinto Meireles, passou a ser do Galo. Fato relatado por Aleixanor Alves Pereira, um dos fundadores do clube alvinegro, em carta. Rômulo foi chefe da Fazenda Modelo de Pedro Leopoldo onde Chico Xavier trabalhou. Olinto Meireles, que dá nome a uma das principais avenidas do Barreiro, era prefeito de Belo Horizonte no nascimento do Galo. Livros Na parte da literatura, o escritor Aníbal Machado foi autor do primeiro gol da história do Atlético, em 1909. Virou nome de rua no bairro Tupi. Geograficamente, Aníbal é bem menor que seu irmão, também ex-prefeito de BH, e que batizou a avenida Cristiano Machado. CRISTIANO MACHADO Outro célebre autor de livros, Pedro Nava, que batiza uma escola no Olhos D'água, descreveu em uma de suas memórias - Beira-Mar - ser frequentador da antiga pensão de Alice Neves, considerada a "mãe do Atlético". Um de seus filhos, Mário Neves, ajudou a fundar o Galo. Ex-presidentes do clube são imortalizados também na cidade, como a Praça Elias Kalil ao lado da Toca da Raposa II, ironicamente. Há a rua Dr. Fábio Fonseca, médico veterano de guerra, e criador da Dragões da FAO. Mineirão e Mineirinho O Gigante da Pampulha e o mais importante ginásio da cidade carregam nomes ligados ao Atlético. O Estádio Governador Magalhães Pinto carrega tal batismo por conta do mandatário estadual da época, José de Magalhães Pinto. Seu filho Eduardo Catão foi presidente do Atlético. Cruzando a avenida Abraão Caram - ex-presidente do América -, chega-se ao Ginásio Jornalista Felippe Drummond, icônico repórter dos Diários Associados, ex-conselheiro do Atlético e do Villa Nova. Política O ex-presidente do Atlético Alexandre Kalil é o atual prefeito de Belo Horizonte, que despacha na Avenida Afonso Pena, ex-presidente do Brasil, cujo o filho, Afonso Pena Júnior, integrou a diretoria de Leandro Castilho de Moura Castro, antigo mandatário do Galo, responsável pela construção do Estádio Presidente Antônio Carlos, onde hoje é o Diamond Mall. Em busca da construção da Arena MRV, a primeira casa do Galo levou o nome de ex-governador de Minas, e localizava-se na Avenida Olegário Maciel, que também governou o Estado. Este mesmo Antônio Carlos é quem batiza a avenida que liga o centro da cidade a caminho do Mineirão, novamente a casa usada pelo Galo para os jogos decisivos do Campeonato Mineiro e da Libertadores.

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