sábado, 15 de julho de 2017
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Calcanhar de Aquiles? Galo se ajusta para resolver problema "crônico" na direita
Por ser muito ofensivo, Marcos Rocha deixa, em alguns momentos dos jogos, espaços na defesa; desafio de Roger Machado é encontrar soluções e resolver a cobertura
"O jogo de futebol é de perde e ganha", analisou Roger Machado, técnico do Atlético-MG. Para ele, é natural que toda equipe tenha pontos fortes, decisivos nas vitórias, e, em alguns momentos, pontos fracos, características que carecem de aperfeiçoamento. Um dos "calcanhares de Aquiles" do Galo é a defesa pelo lado direito.
O lateral titular por ali, desde 2012, é Marcos Rocha. Não há dúvida sobre a qualidade do jogador. Coleciona prêmios individuais e é um dos pilares do Galo, importantíssimo nas conquistas recentes do clube. Quando está fora, o time sente muito a falta dele, especialmente na saída de bola e na produção ofensiva. Quando está em campo, porém, o sistema defensivo precisa de adaptação. Rocha é um lateral extremamente ofensivo, vai ao ataque com frequência e, naturalmente, não consegue voltar e compor a defesa em todos os lances. Por isso, outros atletas precisam, nessas ocasiões, fazer a cobertura e proteger o time por ali.
Contra o Santos, por exemplo, na última rodada, o Galo sofreu por aquele lado. Bruno Henrique, atacante adversário com velocidade, explorou muito as "costas" de Marcos Rocha e levou vantagem em várias ocasiões. Questionado sobre o desafio de montar a defesa para anular esse tipo de jogada dos adversários, Roger Machado explicou o esquema de cobertura, mas ressaltou que é natural que o time tenha certas dificuldades, até porque os adversários também têm.
- As estratégias que o adversário monta, assim como as nossas, são baseadas no que você acredita que possa levar vantagem. Assim como a estratégia do adversário (Santos) foi jogar nas costas do Rocha, que é um jogador extremamente ofensivo, a nossa foi atacar muito a profundidade das costas do lateral adversário, que também tem uma característica igual, e a gente conseguiu. O que a gente faz, coletivamente, é criar sistema de cobertura, aproximar o zagueiro da sobra, fazer dobra de marcação, para que o adversário não leve vantagem, mas o jogo de futebol é de perde e ganha. Ora você perde um duelo individual, ora você ganha. Jogando em casa, você naturalmente se expõe um pouco mais. As equipes têm seus pontos fortes e, em alguns momentos, fragilidades que a gente procura corrigir.
Adilson deve voltar ao time titular do Atlético-MG no jogo de domingo, contra o xará de Goiás (Foto: Rafael Araújo) Adilson deve voltar ao time titular do Atlético-MG no jogo de domingo, contra o xará de Goiás (Foto: Rafael Araújo)
Adilson deve voltar ao time titular do Atlético-MG no jogo de domingo, contra o xará de Goiás (Foto: Rafael Araújo)
Uma possível correção pode acontecer com a volta de Adilson ao time. Recuperado de uma lesão muscular e figura presente no banco de reserva nos últimos jogos, o volante deve voltar ao time titular contra o Atlético-GO, neste domingo, às 16h (de Brasília), em Goiânia. Adilson tem, como característica principal, a boa marcação. Além disso, tem o hábito de ajudar na proteção pelo lado direito, como ele mesmo explicou.
- Tem que ter um equilíbrio. A gente sabe que nossos laterais gostam bastante de apoiar. Eu, por característica, já me posiciono um pouco mais defensivamente para cobrir. Já joguei com outros laterais muito ofensivos e tive um desempenho bom. Tem que fazer a leitura do jogo. Quando o Marcos (Rocha) subir, tem que ter alguém para cobrir. A mesma coisa pelo lado esquerdo, com o Fábio Santos. Quando eu estou jogando, tenho um pouco dessa noção, dessa leitura para fazer essa cobertura e não permitir que a gente tenha excessivos contra-ataques nas costas do lateral.
Curiosamente, o Atlético-MG tem, no Brasileirão, melhor campanha fora de casa do que em Belo Horizonte. Como visitante, foram seis jogos, duas vitórias, três empates e apenas uma derrota. Domingo, o Galo tenta mais um triunfo longe do "terreiro".
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