Atlético averigua possível dívida de R$ 200 mil de clube chinês por atacante 'prata da casa' Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 28/07/2017 - 17h05 Uma cobrança realizada pela Federação Asiática de Futebol aos clubes da china, através da associação nacional do país, coloca clubes brasileiros como interessados no não-pagamentos de alguns times da Grande Muralha. Entre eles, está o Atlético. Ao contrário do que se informou nesta semana, a suposta crise econômica no futebol chinês não é relacionada a atraso de salários, mas no não pagamento do mecanismo de solidariedade. Toda transferência internacional de jogadores, desde que onerosa, envolve "agraciar" em 5% da compra total os clubes formadores do atleta envolvido. No caso do Atlético, segundo o Hoje em Dia apurou, o clube mineiro está em processo de verificação da existência de uma dívida do Shanghai Shenhua ao alvinegro pela compra do atacante Paulo Henrique Carneiro Filho, revelado pelo Galo, em 2014. Paulo Henrique, revelado pelo Atlético em 2007, foi vendido ainda com 18 anos para a Holanda. Posteriormente, sete anos depois, o Shanghai Shenhua o comprou do Trabzonspor-TUR por 4 milhões de euros, de acordo com uma publicação da sua própria assessoria de imprensa, na ocasião. Na cotação atual, este valor seria de R$ 14,7 milhões. Segundo o software "Rede do Futebol", o Galo tem direito a uma pequena fatia dos 5% do mecanismo de solidariedade, por ter sido um dos clubes a abrigar Paulo Henrique entre os 12 e 23 anos. Esta fatia alvinegra seria de 1,37%, mais precisamente, o que corresponde a cerca de R$ 200 mil. Na China, os clubes devedores de pagamento de mecanismo de solidariedade têm um prazo para quitar todos os débitos desta natureza até 15 de agosto, segundo o portal "China Brasil Futebol". Ainda de acordo com o site especializado no futebol chinês, o Flamengo é o clube mais prejudicado, já que as equipes que contrataram Renato Augusto, Fernandinho e Diego Maurício não depositaram a taxa de mecanismo de solidariedade correspondente ao Rubro-Negro. Paulo Henrique, que saiu do Atlético após poucos jogos na equipe profissional há 10 anos, sendo vendido ao Heerenveen-HOL. Retornou ao Brasil para jogar no Palmeiras, passagem apagada. Retornou à Europa para a Bélgica (KVC Westerlo) até chegar na Turquia e se destacar no Trabzonspor, em 2011, quando foi comprado pelo Shanghai Shenhua. A equipe chinesa o repassou para outro time do país, para o Sport Recife e para o Estoril Praia-POR, até vendê-lo em definitivo para a Turquia (Akhisar Belediyespor).