Lucas Pratto e Ramón Ábila vivem bom momento no futebol brasileiro Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 20/08/2016 - 06h00 O gosto do chimarrão está menos amargo. O tango já não soa tão melancólico. Os argentinos Lucas Pratto e Ramón Ábila têm motivos para sorrir em Belo Horizonte. Compatriotas e rivais, os dois atacantes vivenciam os pontos altos das respectivas carreiras. No caso do alvinegro, veio a tão sonhada convocação para a Seleção Argentina, com a chegada do técnico Edgardo Bauza. Aos 28 anos, ele deve ser titular nos dois próximos jogos pelas Eliminatórias. “Pratto tem, sim, grandes chances de ser o meu 9”, disse Bauza, que não convocou Higuaín. A oportunidade dá fim à angustia do atleticano, que até cogitou se naturalizar brasileiro para poder disputar campeonatos entre seleções. Ábila, por sua vez, ainda não é cogitado para defender a albiceleste. Mas pavimenta o mesmo caminho que o Urso começou em 2015, quando chegou ao Brasil. O centroavante foi contratado pelo Cruzeiro em julho e balançou a rede já no segundo jogo. Até aqui, são sete jogos e quatro gols, sendo um por partida nas últimas três rodadas. Um bom retrospecto, que vence até a resistência de Mano Menezes em escalar centroavantes com limitada mobilidade, por mais que o treinador celeste não o rotule assim. “Sobre o Ábila, não acho que ele fique enfiado entre dois zagueiros e apenas pedindo bola. Ele se movimenta muito. Não gosto do sujeito que fica parado entre os zagueiros. Isso eu não gosto. Do resto, eu gosto. Se fizer gol então...”, afirmou o comandante. SECA Lucas Pratto precisou se ausentar por dois meses, devido a uma lesão na panturrilha. Totalmente recuperado, readquiriu a titularidade, mas em nova função. No domingo, ele retornará ao posto de centroavante, devido à suspensão de Fred. É a chance de matar a saudade das redes. Afinal, marcou apenas uma vez (contra o São Paulo) desde que se curou da contusão, há seis partidas. Pratto segue como o maior artilheiro estrangeiro do Atlético. Entretanto, ao contrário do ano passado, não detém o posto de máximo goleador do clube na temporada. Em 2015, ele balançou as redes 23 vezes. Para chegar ao mesmo número, o argentino terá de marcar mais 12 vezes até o fim deste ano. O artilheiro no ano é Robinho, com 18 gols.