terça-feira, 23 de agosto de 2016

CONVOCADO Evolução chega a seu ‘ápice’ Depois de dois anos no Galo, Rafael Carioca realiza sonho e é convocado para a seleção brasileira PUBLICADO EM 23/08/16 - 03h00 Thiago Prata Jonathas Cotrim Há dois anos, ele chegou à Cidade do Galo como uma boa aposta. No currículo, passagens por Grêmio, Vasco e Spartak Moscou-RUS. No discurso, a ambição de brilhar com a camisa preta e branca. “Não vim ao Atlético para brincar”, dizia. A seriedade nas palavras se traduziu no campo de batalha. O toque refinado e a visão de jogo privilegiada se tornaram peças-chave na engrenagem alvinegra. Venceu a forte concorrência em seu setor, ganhou a confiança da Massa, conquistou títulos e passou a sonhar alto. Uma vaga na seleção seria o próximo passo. E a convocação chegou para coroar todo o seu empenho. Mas para alcançar esse feito, uma gradativa evolução aconteceu. O volante Rafael Carioca sempre deixou claro o quanto queria vestir a amarelinha. Em 2015, tal desejo era uma obsessão. Vários fatores foram cruciais para obter êxito em sua missão. Durante os dois anos de Atlético, o meio-campista manteve parte de seu estilo clássico, mas incrementou o espírito de garra e raça do clube. Passou também a jogar como primeiro volante em várias ocasiões. E se tornou um meio-campista de marcação mais forte. Fora das quatro linhas, Carioca também demonstrou preocupação em melhorar sua imagem no mercado. Tanto que neste mês acertou contrato com Giuliano Bertolucci, que irá agenciar o atleta na Europa. De bem com a vida dentro e fora de campo, só faltava a convocação. Quando Tite assumiu o combinado verde-amarelo, especulou-se que Carioca ganharia uma chance. O desempenho da última temporada e a regularidade do jogador renderam a premiação: seu nome apareceu na primeira lista do técnico da seleção, divulgada nessa segunda-feira (22). “Na minha cabeça, achei que seria convocado pelo Dunga. Fiquei um pouco triste, mas não deixei de trabalhar, porque sabia que uma hora as coisas iriam acontecer. Quando o Tite assumiu, eu estava esperançoso, por ser treinador novo. Eu sabia que era só continuar fazendo meu trabalho que seria chamado”, afirmou o volante alvinegro. E relembrou a declaração de que não veio ao Atlético para brincar. “O jogador não pode mudar seu pensamento, o futebol é muito dinâmico. Se você atua bem numa partida e vai mal na outra, vão te criticar. Eu realmente vim brigar por títulos e buscar meu espaço. E minha recompensa veio agora. Isso tem que servir de motivação para eu buscar ser o melhor da minha posição. Se você cai de produção, as coisas começam a complicar. Desde que estou no Atlético, tenho mantido uma média boa de jogo. Não costumo me machucar, então acho que vou mantendo bem”, declarou o jogador do Galo. “Queria agradecer ao Levir (Culpi), que foi quem me ajudou no início da minha adaptação aqui, no Atlético.” “Pensei muito na minha vó, que me ajudou muito e confiava muito em mim. Meus pais não me apoiavam tanto quanto ela.” “Eu bati um papo muito rápido com o Tite no ano passado. Eu sempre soube que ele gostava do meu futebol.” “Acho que estou entre os melhores da minha posição. Não me considero craque, mas sim um cara normal. Mas tenho características que muitos jogadores não possuem. Tenho leitura de jogo e sei me adaptar aos esquemas táticos.” Rafael Carioca

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