terça-feira, 20 de agosto de 2019

Para ter estádio, Galo compra área de conservação em Rio Acima e faz doação Câmara técnica do Copam analisa processo de compensação no próximo dia 28; etapa permite emissão de documento de intervenção ambiental Thiago Nogueira | @superfcoficial 20/08/19 - 09h00 A Câmara de Proteção à Biodiversidade e de Áreas Protegidas (CPB), do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), realiza, no próximo dia 28 de agosto, às 9h, reunião ordinária que tem como uma das pautas o processo administrativo de compensação ambiental da Arena MRV, o estádio do Atlético, que será erguido no bairro Califórnia, região Noroeste de Belo Horizonte. A Câmara, que já opinou positivamente pelo deferimento da proposta dos empreendedores, deve votar pela aprovação da supressão de vegetação nativa no terreno do estádio, que fica em uma área que integra o bioma de Mata Atlântica. Trata-se de mais uma etapa para que o sonho atleticano da casa própria se torne realidade. Este é o último passo antes da emissão do Documento Autorizativo para Intervenção Ambiental (Daia) por parte do Instituto Estadual de Florestas (IEF). Mas, para chegar até aqui, o Atlético precisou apresentar um Projeto Executivo de Compensação Florestal (PECF). Nele, o clube se comprometeu a fazer a compensação florestal através de regularização fundiária em área de conservação que corresponde a mais que o dobro da vegetação nativa que será suprimida. O local escolhido fica no Parque Nacional da Serra da Gandarela, na chamada Fazenda Água Limpa, localizada no município de Rio Acima, na região metropolitana. A Arena MRV comprou o terreno e o doou ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), autarquia vinculada ao Ministério do Meio Ambiente. A compensação florestal cumpre a legislação que determinar que empreendedor destine área equivalente à extensão desmatada para conservação, com as mesmas características ecológicas no local impactado. Os dois locais, no bairro Califórnia e em Rio Acima, ficam na mesma bacia hidrográfica do rio São Francisco e possuem características semelhantes. Em parecer técnico sobre a proposta de compensação florestal apresentado pela Arena MRV, o CPB concluiu que o processo encontra-se apto à análise, opinando pelo seu deferimento. Esta, no entanto, não é a autorização ambiental para o início da obra, mas uma nova etapa vencida no processo. O clube já tem a licença prévia (LP), que o permitiu instalar cercar o terreno, e precisa cumprir um total de 50 condicionantes e cinco medidas compensatórias para receber a licença de implantação (LI), emitida pela Conselho Municipal de Meio Ambiente (Comam), da Prefeitura de Belo Horizonte.

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