sexta-feira, 2 de novembro de 2018
Presidente do Atlético cita contratações feitas 'pessoalmente' e rebate críticas: 'Acima do tom'
Frederico Ribeiro
esportes@hojeemdia.com.br
31/10/2018 - 19h32
O braço-direito de Sérgio Sette Câmara no Atlético foi trocado. Sai Alexandre Gallo, entra Marques. Mudança importante no corpo executivo do clube dentro do primeiro ano de gestão do presidente. E ao contratar Gallo, Sette Câmara havia dito que era ele quem falaria de futebol. Ao passo que, numa coletiva em tom de desabafo - apesar de o mesmo evitar a classificação -, o mandatário afirmou que foi responsável direto por quatro contratações alvinegras das 18 no ano.
"Não sou um cara que não sabe de futebol. Ah, não fala de futebol! Eu fui mal interpretado. Quis dizer que quem tinha que falar de futebol era o diretor de futebol. Mas não quer dizer que não sei de futebol. Quem trouxe Emerson, Róger Guedes, Maidana e Zé Welison fui eu, pessoalmente. Eu também trabalho, mas não fico todo dia no microfone".
Agora, não haverá novas aquisições até o fim do ano. Pelo contrário, o clube já começa a desenhar a lista de jogadores dispensados para 2019, com o auxílio de Marques e do técnico Levir Culpi. Sette Câmara estará ativo na montagem do elenco. Mas precisa cuidar de outros departamentos, enquanto segue sendo alvo de críticas.
Sobre a revolta da torcida, ele crê haver "algo mais" nos protestos organizados na sede do Galo e no CT, na semana passada. Com o rótulo de "processar torcedores", Sette Câmara utilizou a apresentação de Marques à imprensa para afirmar que aceita os questionamentos da torcida, desde que não passe para ameaça. Por outro lado, acredita que as manifestações contrárias ao seu desempenho na cadeira mais importante do clube está "acima do tom".
"Eu estou no primeiro ano de mandato. E não tenho nenhum receito em relação à lisura do meu trabalho, da dedicação. Mas acho que o tom das críticas anda muito alto. Atlético passeou pela zona de rebaixamento anos atrás. Já ficou muitas vezes na parte de baixo da tabela, incluindo no ano passado. E não me lembro de ter havido movimento tão grande pra cima da presidência", completou.
O torcedor atleticano de verdade tem que me apoiar. Eu peço a ele que faça isso. As críticas eu aceito, quem se presta a ser presidente de clube de futebol no Brasil está sujeito a muitas críticas, e eu as aceito. Ameaça, não. Qualquer time de ameaça é crime. Foram poucos que cometeram um crime e a internet não é terra de ninguém.
Preciso do torcedor do Atlético me apoiando. E sinto o tom das críticas um pouco acima. E isso não me ajuda em nada. A energia que eu preciso canalizar para busca patrocínio, procurar soluções e caminhos, eu gasto parte dela, com muito amargor, para analisar tudo que está acontecendo. Tiveram duas protestos na sede, outro no CT. Atlético em sexto lugar, Posso falar? Não é normal. Tem algo além do que a manifestação da torcida.
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