terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

CASAMENTO Atlético aposta em Giacomini para complementar integração da base André Figueiredo aposta em sucesso de planejamento entre ex-técnico do time júnior e Roger Machado no time profissional do Galo Diogo Giacomini Atlético aposta na presença de Diogo Giacomini na comissão técnica de Roger Machado PUBLICADO EM 03/01/17 - 08h23 BERNARDO LACERDA @SUPERFC A aposta do Atlético em 2017 é conseguir integrar melhor o seu departamento de base com o time profissional. Após conversas entre o técnico Roger Machado e o diretor de futebol de base, André Figueiredo, a ideia é conseguir dar experiência aos jovens atletas que serão aproveitados no elenco de cima e fazer com que o casamento entre as categorias renda fruto. "Já tive conversa com Roger, o Diogo está na base todos os dias, sempre passa na base. A gente tem uma geração, que é importante se falar, é uma geração que o Ministério Público há sete anos atrapalhou a geração, o Ministério exigiu que todo saíssem do alojamento. A gente teve de emprestar, repassar estes jogadores. Foi uma geração que ficou debilitada, ficamos um ano sem captar atleta de 13 anos", disse André Figueiredo. O planejamento de Roger Machado prevê dar maiores oportunidades para nomes que já estão presentes no elenco principal desde 2016, com o goleiro Uilson, o lateral-esquerdo Leonan, o volante Yago, que se recupera de lesão e o atacante Carlos. Porém, novos nomes deverão ser observados pelo comandante ao longo do ano. O ponta-pé inicial para esta integração ser bem sucedida já acontecerá no começo de janeiro, quando o Atlético viajará com seus jogadores do time sub-20 e com atletas jovens que fazem parte do elenco principal para disputar a Flórida Cup. "A integração é o caminho a ser seguido, mas a gente precisa saber como faz a integração. Eu tenho controle do sub-14 ao sub-20. A nossa equipe faz esta transição, eu consigo alinhar este trabalho, o sub-15 joga próximo ao sub-17, que joga próximo ao sub-20", explicou André Figueiredo. Para conseguir dar sequência de preparação e experiência para estes jovens atletas e encurtar a ligação entre o time profissional e a categoria de base, o Atlético aposta no ex-treinador do time júnior, Diogo Giacomini, que fará parte da comissão técnica de Roger Machado. "Vai ser importante, Diego é um cara muito competente, preparado, cara que conhece a base, ficou com a gente por oito anos, conhece bem a base, tem noção deste processo de formação, acho que ele vai ser fundamental para o Atlético aproveitar melhor os atletas do clube que sobem", comentou Figueiredo. O dirigente da base também torce para que Roger Machado tenha possibilidade de fazer um trabalho de longo prazo, algo que não aconteceu durante todo 2016, quando o Atlético alternou o comando do time principal entre Diego Aguirre e Marcelo Oliveira. "O Atlético ano passado trocou de treinador três vezes, pergunto, como jogar parecido, ter esta integração. Há cada três, quatro meses terei de trocar todo este processo, com meninos de 13, 14 anos, que estão aprendendo um conceito de jogo, fica muito complicado para a gente", destacou André Figueiredo. Boas lembranças André Figueiredo relembra que a integração entre o profissional e a base rendeu resultados importantes para o Atlético até 2014, época em que o Galo aproveitou atletas como Bernard, Jemerson e Carlos em competições importantes, como Libertadores e Copa do Brasil. "Outro dia me questionaram, o Atlético há dois anos não ganha do Cruzeiro. Há dois anos, teve este questionamento também, na geração do Bernard e Lucas Cândido. Se eles tivessem jogado seus dois últimos anos de júnior, será que teríamos ganho? Mas pergunto, subir o Bernard, ele ser titular e ganhar uma Libertadores e ser vendido, qual foi o melhor resultado? Temos de tentar os resultados, mas as vezes não dá para ter os dois", disse. "Se você forma bem, no sub-20, o time profissional pega eles antes, você perde a sua base. Como tirar do profissional para ganhar uma Copa São Paulo, ou ganhar do Cruzeiro. É um pensamento pequeno para o Atlético, dizer que só importa ganhar campeonato, só importa ganhar um clássico. Para mim é pouco e é mais fácil fazer isso do que formar um atleta para o time profissional, em um nível de disputar a Libertadores. O Carlos saiu da final de Taça BH e na quarta seguinte foi jogar um jogo decisivo da Copa do Brasil", ressaltou André Figueiredo.

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