quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Velhos personagens dão as caras no lado alvinegro Danilo vai de carrasco a surpresa; Rocha e Fred têm gratidão Autor dos gols do título estadual do América em 2016, Danilo agora veste as cores do Galo PUBLICADO EM 19/02/17 - 03h00 Thiago Nogueira Antônio Anderson O mundo do futebol é tão dinâmico que numa hora você é adversário e, na outra, colega do mesmo time. Atlético e América se enfrentam neste domingo (19), às 17h, no Mineirão, com alguns personagens que já estiveram em ambos os lados, mas ninguém sintetiza tanto essa dinâmica atualmente quanto o lateral-esquerdo Danilo. Há quase um ano, vestindo as cores do Coelho, Danilo fazia três gols nos dois jogos da final contra o Galo, tirando o alviverde de uma fila de 15 anos sem um título do Estadual. O perfil do jogador – artilheiro americano em 2016, com dez gols – chamou atenção da diretoria atleticana, que o buscou no CT Lanna Drumond. Surpreendendo a todos, em pouco tempo, o jogador de 25 anos já virou titular do técnico Roger Machado, iniciando a rodada com três gols em três jogos e assumindo a artilharia do Campeonato Mineiro. “Tem sido muito especial esse começo no clube. Passar a semana como artilheiro do campeonato é uma alegria imensa para mim. Tenho que destacar o esforço de todo mundo que tem me ajudado”, destacou Danilo. O jogador foi revelado na categoria de base do América e ganhou a primeira oportunidade na equipe titular em 2013. Lateral-esquerdo de origem, ele é considerado um atleta polivalente, podendo atuar de volante, meia ofensivo e até como zagueiro, se for preciso. Deixar o América para jogar no Atlético não é uma novidade, embora não aconteça com tanta frequência. Antes de Danilo, o último jogador a fazer essa ponte foi o volante Claudinei, em 2014, que acabou não se firmando no alvinegro. Do atual elenco do Galo, outros dois particularmente conhecem bem o lado alviverde. Cria atleticana, o lateral Marcos Rocha passou um ano por lá, entre 2010 e 2011, subindo da Série B e caindo novamente no ano seguinte. Já Fred foi revelado no Coelho, onde virou profissional em 2003. Reconhecimento. O fato de terem passado parte da carreira no América faz com que os ex-jogadores alimentem sentimentos de carinho. “Minha história tem mais tempo, mas foi marcante. Gratidão eterna ao América. Meu início, com lapidação, foi lá, tenho amigos lá. Aqui no Atlético, tem vários jogadores que passaram pelo América, como o Marcos Rocha e, mais recentemente, o Danilo. Por isso, o jogo se torna especial. Mas o carinho é até começar a partida. Esses jogos são mais especiais, e fazer gols torna tudo mais especial ainda”, conta Fred. Para Danilo, que nem tem tanto tempo assim que deixou o clube, vai ser a oportunidade de matar a saudade. “Foram sete anos de América, conheço todo mundo. Todos são especiais, dificilmente vai se apagar da minha memória a passagem por lá. Mas tem o seu Zé (o conhecido Zé Promessa, massagista do clube), que tem uns 60 anos, mais de 40 anos de clube. Quero reencontrá-lo”, afirmou. Exemplo. Marcos Rocha pode ser um modelo para Danilo seguir. Depois de passar pelo Coelho, o lateral-direito voltou ao Galo, ganhou o respeito da torcida e entrou para a história recente do clube com os títulos da Copa Libertadores de 2013 e da Copa do Brasil de 2014.

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