sábado, 23 de julho de 2016
Clube turco pede para jogadores não saírem em meio a golpe militar
Procura-se o elenco do Galo
Estudante turco fala sobre o que viveu durante tentativa de golpe
PUBLICADO EM 08/04/16 - 13h51
FERNANDO ALMEIDA
@SUPER_FC
Iniciado no meio de 2015, o "caso Patric" volta à tona nesta sexta-feira após o Osmanlispor, da Turquia, redigir um comunicado relatando novamente a história envolvendo o polivalente jogador e o Atlético.
Em contato com o Super FC, Cenk Karayel, integrante da diretoria do clube turco, confirmou o teor e autenticidade da carta - enviada à reportagem pelo jornalista Henrique Muzzi -, indicando a revolta da cúpula do Osmanlispor.
"Fomos a Porto Alegre e conversamos com o pai do Patric, que também é empresário do atleta. Definimos todos os detalhes, como salário, tempo de contrato e um valor a ser dado no momento da assinatura do acordo. Fizemos o contrato, que foi assinado pelo jogador e pelo pai dele", afirmou Karayel à reportagem.
"Após isso, informamos o Atlético do contrato assinado. Eles não ficaram satisfeitos com o fato e tentaram um acordo conosco, tentaram contornar o caso. Nós avisamos que o contrato estava feito e iria entrar em vigor ao fim do vínculo do atleta com o Atlético, no fim de 2015. Falamos com o Atlético que queríamos o Patric já no meio do ano (de 2015) e pagaríamos por isso, mas o clube não quis negociar", completou.
O dirigente turco não confirmou o valor da luva pago a Patric, mas o Super FC apurou que o Osmanlispor desembolsou 350 mil euros (R$ 1 milhão e 450 mil na cotação atual). De acordo com Karayel, além do contrato assinado não ter sido cumprido, Patric acabou ficando com o dinheiro dado como após a assinatura do acordo.
"O Patric recebeu o pagamento inicial, que ficou em uma conta no Brasil. Ele só poderia retirar o dinheiro caso apresentasse um contrato. Ele fez isso e ficou com toda a quantia. Pagamos pelo jogador, fizemos o contrato e queremos que isso seja cumprido", disse Cenk Karayel.
"Não forçamos o jogador a assinar contrato nenhum. Apresentamos a oferta, negociamos e ele assinou feliz, dizendo que naquele momento não estava contente no Atlético por ter poucas oportunidades em campo. Então, ele assinou com um sorriso no rosto", comentou Karayel.
Pai. A reportagem entrou em contato com o pai do jogador, Reginaldo Lalau, que não quis comentar detalhes do caso. "Não falo mais nada sobre isso, pois tenho um advogado cuidando desse caso. Pois posso falar algo que está em segredo de justiça, ou algo do tipo", disse.
Atlético. Já o diretor jurídico do Galo, Lásaro Cândido da Cunha, indica que não recebeu nenhum comunicado em relação ao processo do clube turco na Fifa e, inclusive, já foi à entidade máxima do futebol reclamar de aliciamento do Osmanlispor.
"Por ora, nada. Não recebemos nada (da Fifa). As discussões ainda estão no plano pré-processo", afirmou Cândido da Cunha.
"Nós havíamos reclamado da atuação, aliciamento do clube. Por ora, só isso que existe. Não há processo, apenas reclamações na Fifa. O Atlético fez, inclusive, primeiro (a reclamação). Essa nota deles é apenas para dar barulho", completou.
Ainda de acordo com o dirigente jurídico, o clube turco não poderia encaminhar nenhum contrato a um jogador do Atlético, mesmo com o vínculo do atleta estando dentro da janela que torna possível o jogador assinar um pré-contrato com outra agremiação.
"Na época juntamos prova do aliciamento, como o Patric com a camisa do time e assinando o contrato. O clube turco descumpriu a regra da Fifa. Mesmo no período de seis meses (antes do fim do contrato) há que notificar o clube do atleta", explicou o dirigente.
Confira o comunicado do Osmanlispor:
FOTO: DIVULGAÇÃO
Comunicado - Osmanlispor
Osmanlispor redigiu um comunicado para relatar o 'Caso Patric'
Como se sabe, o nosso clube assinou um contrato de jogador de futebol profissional valido por 4.5 (quatro anos e meio) apropriado ao regulamentos da FIFA com o jogador de futebol Patric Lalau em 1 de julho de 2015 após o referido jogador estar a menos de 6 (seis) meses do termino do contrato com o clube Atlético Mineiro.
A data de vigência do referido contrato foi determinada como 1 de janeiro de 2016 pelas partes e o contrato foi assinado pelo jogador de futebol, juntamente com seu pai. No ato da assinatura o jogador recebeu um pagamento. Em 14 de julho 2015, contudo, uma carta foi enviada ao clube do jogador, o Atlético Mineiro, para informar que o jogador havia assinado um precontrato com Osmanlispor futebol clube, que se tornariá válida a partir de 1 de janeiro 2016. Alem disso, nesta carta foi oferecido uma quantia pela transferencia ao Atletico Mineiro para o jogador antecipar a vinda ao Osmanlispor futebol clube antes de 1 de janeiro 2016.
Mas infelizmente, apesar de clausulas contratuais obvias, assinaturas dadas e pagamento antecipado o jogador claramente violou as clausulas do contrato e nem sequer veio a Turquia para se apresantar ao Osmanlispor futebol clube na data de 1 de janeiro 2016. Durante este tempo Osmanlispor futebol clube constantemente tentou entrar em contato com o jogador e cumpriu todas as responsabilidades rigorosamente.
Mesmo que o Clube Atlético Mineiro sabendo que o jogador tinha assinado um contrato com Osmanlispor e sabiam sobre os resultados graves e sanções contra o jogador de acordo com os regulamentos da FIFA, o Atlético Mineiro ainda assinou um contrato profissional com jogador Patric Lalau e ainda o registrou na Confederação Brasileira Futebol.
No entanto, Osmanlispor futebol clube agiu de boa-fé, avisando as duas partes várias vezes e sendo fiel no princípio amigavel, mostrou um grande esforço para trazer o jogador à Turquia até final de II. Período de termo de transferência da temporada 2015-2016. Apesar de todos estes esforços Patric Lalau, que assinou um contrato com Osmanlispor futebol clube, continuou sua carreira de futebol no Atlético Mineiro.
Como resultado de todos estes acontecimentos Osmanlispor futebol clube começou a tomar todas as iniciativas necessárias no âmbito da FIFA e iniciou uma ação judicial contra o jogador de futebol Patric Lalau e o Clube Atlético Mineiro e solicitou a compensação e sanção desportiva. Esta abordagem, que desafia as regras de lealdade de contrato e regulamentos da FIFA, que terá obviamente consequências graves não só para o jogador de futebol, mas também para o clube. Não há dúvida de que a FIFA irá tomar a mesma decisão para a referida situação tal como decidido por situações semelhantes, que resultaram na proibição de competições e de transferências.
Aqui, respeitosamente informamos ao público.
OSMANLISPOR FUTBOL KULÜBÜ
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