domingo, 31 de julho de 2016

Filhos de uma conquista épica Nome Victor foi o mais escolhido por atleticanos; há três anos, Galo virava o dono da América PUBLICADO EM 24/07/16 - 03h00 Thiago Nogueira A conquista da Libertadores e o nascimento de um filho são, certamente, momentos ímpares na vida dos atleticanos. Há exatos três anos, o Galo conquistava a América e dava a futuros pais a oportunidade de personificar sua paixão na própria prole, batizando os filhos com o nome dos heróis de um título inédito. Por fanatismo ou por promessa, o certo é que os principais nomes do elenco de 2013 serviram de inspiração no momento de escolher o nome do herdeiro. Canonizado por suas defesas memoráveis – especialmente, contra o Tijuana-MEX, nas quartas de final –, Victor (ou Vítor) virou o preferido. “Eu estava no estádio e prometi: se o Victor pegar, meu filho vai se chamar Vítor. Seis meses depois, minha mulher ficou grávida. Quando contei a novidade no Facebook, todos já sabiam: ‘Vítor vem aí’”, relembra o engenheiro Fabrício Ramos, 33, que mora em Itaúna, na região Centro-Oeste do Estado, e optou pela grafia sem o “c”. O garoto tem hoje 1 ano e 9 meses. Além de Victor ser sinônimo de ídolo para os atleticanos, o nome também está entre os mais comuns no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que acaba facilitando o consenso com a mãe. Segundo o Cartório de Registro Civil de Minas Gerais (CRC-MG), em 2013, 3.329 pais registraram seus filhos com o nome Victor (incluindo Vítor) no Estado, quantidade parecida com os números de 2014: 3.341 ocorrências. Já em 2015, quando a euforia baixou um pouco, a escolha caiu cerca de 20%, com 2.681 certidões. Os números do CRC-MG, porém, não são capazes de atestar qualquer ligação com o feito atleticano. Raros. Para o empresário Rafael Barão, 32, pai de Victor, de 1 ano e 1 mês, a opção por um nome comum nem fez tanta diferença assim. “Victor é um nome comum. Mas, se fosse o Réver que tivesse feito a defesa do pênalti, meu filho iria se chamar Réver”, garantiu o pai que, junto com o pequeno, foi conhecer o gol do Independência que entrou para a história alvinegra. A reportagem não encontrou um garotinho Réver por aí, mas o CRC-MG registrou 22 crianças batizadas em Minas com o nome do capitão do título da Libertadores entre 2013 e 2015. Outro nome pouco comum do grupo campeão, Bernard – que é só o 8.460º no ranking do IBGE – também ganhou muitos xarás. De 2013 a 2015, nasceram 550 meninos com o nome Bernard no Estado. Outros nomes marcantes do elenco da Libertadores também inspiraram muitos pais, como Guilherme, Diego (de Diego Tardelli), Ronaldo (de Ronaldinho Gaúcho) ou Leonardo (de Leonardo Silva). Dar ao filho, hoje com 2 anos, o nome do autor do gol que levou o Atlético para a prorrogação na finalíssima – e posteriormente, aos pênaltis, vencidos na decisão contra o Olimpia – foi cogitado pelo empresário Vinícius Cavalcanti Silva, 32. “Era para ser Leonardo e, como eu tenho Silva no nome, ia ficar Léo Silva. Mas minha mulher não quis por causa de um primo que já era Leonardo. Sugeri Victor e ela aceitou. Foi uma forma de unir duas paixões”, ressaltou o pai de mais um Victor. Muitas opções 31 nomes foram inscritos pelo Galo ao longo da Libertadores 2013.

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