domingo, 13 de janeiro de 2019
Sem a Caixa, Galo e Cruzeiro miram novo patrocínio
Após acórdão do TCU sobre banco estatal, dupla já trabalha para conseguir novo patrocinador máster para 2019
Thiago Nogueira | @supernoticiafm
16/12/18 - 08h00
Patrocinador máster de Atlético e Cruzeiro nas duas últimas temporadas, a Caixa pode ficar fora das camisas dos clubes mineiros no próximo ano. Havia um acordo para que o banco estatal permanecesse pelo menos mais um ano nos clubes, mas, em acórdão publicado no fim do mês passado, o Tribunal de Contas da União definiu que é irregular a prorrogação de contratos de patrocínio com os clubes.
Diante da indefinição, os rivais já abriram conversas com outras empresas. A intenção é conseguir uma grana próxima ou até mesmo além do que a Caixa pagava, algo em torno de 12 milhões por temporada (mais bônus em caso de títulos internacionais).
Os presidentes do Galo e da Raposa têm encarado a indefinição de maneiras distintas. O alvinegro Sérgio Sette Câmara acredita que há um equívoco na avaliação do TCU. “A Caixa pode sim fazer patrocínio, ela é um player que está no mercado querendo divulgar sua marca. Do ponto de vista legal, não tem nada demais. Agora, se ela vai continua ou não, não podemos contar com isso. O Atlético está procurando outros parceiros, na eventualidade da Caixa não continuar” , analisou o mandatário alvinegro.
No lado celeste, o presidente Wagner Pires de Sá já adianta que há um novo patrocinador principal encaminhado, embora ainda não revele o nome. “Já estamos há algum tempo sabendo dessa possibilidade da Caixa não renovar. Mas tenho uma notícia para dar à torcida: um grande patrocinador que estamos acabando de fechar. Não posso falar nome por causa da cláusula de confidencialidade”, destacou.
Imbróglio
O veto a patrocínios da Caixa não se daria apenas no futebol, mas também em outros esportes, como vôlei, natação e atletismo. Um processo aberto pelo TCU promoveu auditorias em contratos de patrocínios de diversas empresas estatais, como Banco do Brasil, Petrobras e BNDES, além da Caixa.
Da forma como acontece hoje, a Caixa estaria aportando a verba pública em troca de visibilidade da marca, sem que haja a exigência de comprovação de como o dinheiro foi gasto. Além de Atlético e Cruzeiro, a Caixa tem contrato com outras 12 equipes, incluindo o América em Minas.
Em nota à imprensa, a Caixa explicou que realiza contratos anuais com os clubes. “Os patrocínios não são serviços de natureza contínua, não podendo, portanto, ser prorrogados. Contudo, a Caixa não prorroga contratos. Após análises internas pertinentes, é feito um novo contrato”.
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