quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Elias: desejo de renovar, defesa de continuidade e frustração pela Seleção na chegada ao Galo Frederico Ribeiro Hoje em Dia - Belo Horizonte 23/01/2019 - 18h58 - Atualizado 19h33 O meia Elias virou um dos nomes mais comentados nos últimos dias dos bastidores do Atlético por conta da reunião de seu pai - Eliseu - com a diretoria do Galo e uma resposta do presidente Sette Câmara sobre um "momento oportuno" para renovar o contrato do jogador, que irá até janeiro de 2020. Em longa entrevista ao UOL Esporte, o jogador comentou sobre a renovação. E também tratou sobre o Atlético em dois aspectos: sua chegada ao clube em 2017 pensando na Seleção Brasileira e a Copa do Mundo de 2018, e sua opinião sobre os anos sem título do Galo marcado pela grande troca de treinadores. Veja a entrevista na íntegra neste link. "Se você falar assim: 'Está feliz no Atlético?'. Tô muito feliz. 'Você renovaria no Atlético?'. Renovaria porque me dá toda a estrutura para que eu possa ganhar a Libertadores. Mas a gente não sabe. Eu pretendo jogar mais quatro, cinco anos de futebol", afirmou Elias. O jogador gostaria de renovar contrato, o Atlético pretende discutir tal assunto em outro momento, mas seu staff ficou insatisfeito com esse adiamento ligado ao fato de o jogador ter tido proposta do Internacional. Sette Câmara já avisou: Elias cumprirá contrato no Galo, onde chegou pelo preço de 2,5 milhões de euros (R$ 8 milhões na época). Sua vinda ao Atlético foi como a principal contratação de 2017, no último ano do ex-presidente Daniel Nepomuceno. Elias viu a equipe falhar na tentativa de classificação à Copa Libertadores, quando teve Roger Machado, Diogo Giacomini, Rogério Micale e Oswaldo de Oliveira como treinador. Para Elias, é preciso dar continuidade ao trabalho dos comandantes pro Galo engrenar novamente. "Eu vejo no Atlético-MG um clube com potencial enorme pra ganhar título atrás de título. Tem estrutura e torcida pra isso. O torcedor é presente. Só que tem ainda um chip que precisa ser virado. Acho que as pessoas que controlam o futebol têm que botar a mão na cabeça e ver realmente o que o Atlético-MG está precisando. Quando eles encontrarem essa fórmula, o Atlético-MG vai ser vencedor como o seu rival é". "Se perguntar pra qualquer jogador de futebol, ele vai falar: 'eu sou a favor da continuidade de trabalho, independentemente do resultado'. Só assim o treinador vai conhecer melhor o seu elenco e no outro ano você vai saber o que o seu elenco precisa pra melhorar, acrescentar alguma coisa porque a base já foi formada". SELEÇÃO - FRUSTRAÇÃO Elias já viveu momentos de turbulência na opinião da torcida, com jogos ruins. Mas se destaca ao marcar gols importantes - são 20 em 112 jogos. Entretanto, o próprio reconhece que viu seu futebol em queda após nãos er chamado por Tite em 2017, quando vivia um bom momento com Roger Machado escalado de meia direita. "Resolvi voltar para o Brasil, para um lugar diferente, cidade diferente, que eu não conhecia, em busca da seleção, de voltar pra seleção. Esse foi o principal objetivo meu na minha volta o Brasil. Tive que correr atrás numa equipe que estava reformulando, chegada de treinador - Roger Machado. Foi uma readaptação ao futebol brasileiro. Tive apoio de toda a equipe aqui do Atlético para trabalhar. Atinge, numa certa época, um bom nível. Nível alto. Acho que tinha feito 10 jogos, sete gols. Gol na decisão, na Libertadores. Jogando numa posição mais de meia pelo lado direito. Achei que seria convocado. Acabei não sendo convocado, porque não falaram que eu não estava atuando na posição de origem, que o Tite gosta. E esse período meu foi muito frustrante. No momento que eu estava bem, não fui convocado. Psicologicamente, isso me afetou muito. Era uma obsessão voltar à Seleção. Quando eu não fui, estando bem, me frustrei e não atingi mais este nível no Atlético.

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