quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Atlético na luta por uma vaga que vale milhões de reais e prestígio Time precisa se classificar para a Libertadores para não repetir os prejuízos que teve por ficar ausente em 2018 Atlético Thiago Nogueira | @superfc 10/11/18 - 08h00 Fora da Copa Libertadores deste ano, a temporada do Atlético foi um desastre, tanto do ponto de vista técnico quanto financeiro. É por isso que garantir uma vaga na competição do ano que vem é essencial para os planos alvinegros. Mesmo há cinco jogos sem vitória, o Galo se manteve no G-6 do Brasileiro, mas vive uma situação delicada com adversários ávidos a lhe roubar o posto e a vaga na competição continental. Pela pontuação que tem hoje – 46 pontos, nove a menos do que o Grêmio, quinto colocado –, o Atlético, se se classificar para a Libertadores, pegará uma vaga na fase prévia, o que já valeria US$ 400 mil (R$ 1,5 milhão) por cada embate até a fase de grupos – são dois mata-matas para os times brasileiros – mais US$ 1,8 milhão (R$ 6,7 milhões) por chegar à disputa de chaves. A soma dessas cotas de participação (R$ 9,7 milhões) é dez vezes maior do que o Galo levou, neste ano, na Copa Sul-Americana. O alvinegro, que desdenhou a competição e caiu logo na primeira fase, faturou “apenas” US$ 250 mil (R$ 937 mil). Enquanto o campeão da Libertadores recebe uma premiação total de mais de R$ 41 milhões, o da Sul-Americana – torneio que ficaria, mais uma vez, de prêmio de consolação, caso o Atlético não se classifique à Liberta – paga R$ 16,5 milhões ao vencedor. Fora da maior competição da América, o Atlético viu sua arrecadação despencar nas partidas na temporada. A campanha de altos e baixos no Brasileiro também contribuiu negativamente e, mesmo que tenha feito muitos jogos de casa cheia no Horto – contra o Sport, por exemplo, bateu o recorde do novo estádio, com 22.654 presentes – o clube precisou baixar o preço dos ingressos. Em 2017, quando disputou a Libertadores pela última vez, o Atlético vendeu entradas a R$ 70, em média. Em 2018, o ticket médio não passou de R$ 20 na temporada. Em apenas quatro jogos como mandante em 2017 (três na primeira fase, no Horto, e o jogo das oitavas, contra o Jorge Wilstermann, da Bolívia, no Mineirão), o Galo levantou R$ 6,6 milhões brutos (média de R$ 1,6 milhão por jogo). Em 27 jogos disputados na Arena Independência neste ano, o clube arrecadou R$ 7,8 milhões brutos, ou seja, menos de R$ 300 mil por partida, quase que pagando para jogar, devido às despesas. É fato também que o clube teve uma queda no número de sócios-torcedores efetivos, especialmente na categoria mais cara. Depreciação. Depois de disputar a Copa Libertadores por cinco anos seguidos (2013 a 2017), os prejuízos esportivos e do ponto de vista de marca para o Atlético também são grandes. Os atletas ficam menos valorizados, e não há aquele maior apelo para trazer uma grande estrela. Ao deixar de participar da principal competição sul-americana, o Galo cai no ranking da Conmebol – se se classificasse direto à fase de grupos, possivelmente seria cabeça de chave – e fica sem o bônus do contrato da patrocinadora Caixa em caso de título.

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