terça-feira, 16 de outubro de 2018

Rivais não se entendem, e clássico já começa com polêmica extracampo Cruzeiro diz que vai impedir bandeira e instrumentos de atleticanos, mas Galo discorda; não há veto da PM Mandantes, cruzeirenses serão maioria e poderão levar faixas, bandeiras e instrumentos musicais Bruno Trindade 14/09/18 - 08h00 Não é novidade: o clássico entre Cruzeiro e Atlético começa sempre antes de a bola rolar e com muita polêmica. Em reunião nesta quinta-feira (13), na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF), a Raposa, alegando reciprocidade, disse que não vai permitir que os atleticanos entrem com faixas, bandeiras e instrumentos musicais no jogo do domingo, pelo Brasileiro. O Galo, por sua vez, afirmou que não há nenhuma possibilidade de disso acontecer. A reunião foi fechada para a imprensa, mas as informações são de que o clima esquentou. O Cruzeiro foi enfático e disse que montará uma operação pra evitar que a torcida do Atlético entre no estádio com os equipamentos. Uma equipe de segurança foi contratada para realizar o serviço. O clube, inclusive, fez constar em ata um pedido de bom senso para evitar clima hostil e acontecimentos lesivos à integridade física dos torcedores. “Todas as vezes em que a torcida do Cruzeiro vai ao Independência, ela é impedida de levar instrumentos, bandeiras e faixas. A intenção é que aconteça da mesma forma no Mineirão. O Cruzeiro proibiu o uso de faixa, bandeira e instrumentos da torcida visitante e vai montar um esquema, com equipes de segurança, para evitar que esses equipamentos entrem no estádio”, ressaltou o gerente de futebol Marcone Barbosa. O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cunha, disse que a proibição não vai acontecer. “Isso já está resolvido. A CBF já se posicionou, a lei é clara. Não tem restrição da Minas Arena. Para a PM, também não tem impedimento técnico. Então, o clube mandante não pode fazê-lo”, reforçou. Depois da reunião, o Atlético ainda divulgou uma nota, aproveitando-se para provocar o rival. “O Atlético aplaude mais uma vez sua torcida pelos tremores que sua presença causa”, dizia parte do comunicado. Posicionamento. Na ata da reunião, tanto a FMF quanto a Polícia Militar (PM) disseram que não há, por parte deles, veto à entrada dos materiais no estádio. A PM não quis entrar em polêmica. “A Polícia Militar solicita que a questão da proibição de bandeiras, instrumentos musicais e faixas pelo clube mandante seja solucionada o mais rápido possível, abstendo-se de opinar sobre a questão, não havendo qualquer impedimento técnico de segurança pública por parte da PM”, registrou. “A FMF esclarece que permite o acesso de bandeiras e/ou instrumentos musicais, portados pela torcida dos times mandante e visitante, em todos os estádio do Estado de Minas Gerais, salvo se comprovada a falta de segurança”, afirmou. No clássico do Campeonato Mineiro deste ano houve o mesmo impasse, e, no fim das contas, os atleticanos puderam usar os materiais. (Com Thiago Nogueira) Insatisfação Ingressos. A diretoria do Atlético acionou ontem o STJD pedindo a redução do preço dos ingressos. Os atleticanos terão 5.940 bilhetes à disposição e terão que pagar R$ 240 para o setor superior e R$ 150 para o inferior. As vendas estão previstas para começar hoje. Os ingressos para a torcida do Cruzeiro variam entre R$ 20 e R$ 240 e já estão disponíveis para a compra. Reclamação. O Atlético afirma ainda que o Cruzeiro tem dificultado a entrega dos bilhetes de visitante para o início das vendas. A diretoria da Raposa disse que só entregaria as entradas 24 horas depois de o Atlético depositar os valores referentes à carga de 5.940 ingressos.

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