terça-feira, 9 de outubro de 2018
Há exatos cinco anos o Atlético conquistava a Libertadores de forma épica
Com um time de estrelas, Galo seguiu roteiro emocionante no maior título da história do clube
Felippe Drummond e Fernando Martins Y Miguel | @SuperFC
24/07/18 - 21h16
Nenhum atleticano esquece a noite do dia 24 para 25 de julho de 2013. Foi nessa data, que há cinco anos, o Atlético conquistou a América, ao levantar a taça da Libertadores. Liderados Ronaldinho Gaúcho a equipe alvinegra fez uma campanha com a sua cara.
Na raça, virou disputas que para muitos estavam perdidas. Sobreviveu a um pênalti contra, aos 48 minutos do segundo tempo, quando o pé esquerdo de Victor o fez se tornar uma santidade para qualquer atleticano.
Primeira fase
A caminhada não poderia ter começado melhor. Com direito a um pedido inusitado de Ronaldinho, Rogério Ceni lhe emprestou sua garrafa de água, e com essa distração o craque recebeu sozinho o lançamento de Marcos Rocha, em cobrança de lateral, e apenas rolou para Jô balançar as redes.
Ainda na primeira fase, Ronaldinho fez um dos gols mais bonitos da história do Independência. Diante do Arsenal de Sarandi-ARG o jogador encobriu o goleiro adversário, mesmo sem ele ter se adiantado, colocando a bola no ângulo direito.
Foram cinco vitórias e apenas uma derrota, esta que também foi marcada pela declaração de R10, que ao final da partida em que o São Paulo derrotou o Atlético, no Morumbi e com isso se classificou e se tornou o próximo adversário do Atlético na competição. Ao final daquela partida, Ronaldinho falou: "treino é treino, jogo é jogo".
Oitavas de final
As palavras do gênio repercutiram e o São Paulo entrou em campo mordido no primeiro jogo das oitavas de final. Pressionando muito os paulistas saíram na frente e seguiam em cima do alvinegro. Até que a expulsão do zagueiro Lúcio mudou todo o cenário. Com um jogador a mais, o Galo cresceu e conseguiu a virada com um surpreendente gol de Ronaldinho Gaúcho, de cabeça, e um de Tardelli, no segundo tempo.
Ao final da partida o craque reafirmou o que tinha falado. "Eu avisei que quando tá valendo, tá valendo". No jogo da volta, o Atlético deu uma verdadeira aula de futebol e goleou facilmente o tricolor paulista por 4 a 1.
Quartas de final
Nas quartas de final as duas partidas contra o Tijuana, do México, foram verdadeiros filmes que podem ser classificados com o gênero de suspense. No primeiro jogo, após sair perdendo por 2 a 0, o Galo conseguiu o empate no final com Luan aproveitando um vacilo do zagueiro adversário.
Jogando em casa e precisando de uma vitória simples, ou até mesmo o empate sem gols, para avançar, a torcida atleticana preparou uma festa no Independência, com direito a mascaras do "Pânico", na noite que talvez tenha sido o ápice da campanha.
Nem os melhores roteiristas de cinema seriam capazes de escrever o que aconteceu naqueles 90 e mais alguns minutos de jogo. Pênalti para o Tijuana aos 46 minutos. Placar em 1 a 1. Riascos de um lado, Victor do outro. O chute do equatoriano e o pé esquerdo do goleiro mandando para o alto todo sofrimento atleticano enraizado ao longo da história. A semifinal é logo ali.
Semifinal
Os duelos contra o Newell's Old Boys, da Argentina, eram esperados como os maiores obstáculos para o time mineiro. Os argentinos vinham desenvolvendo um dos melhores futebol da competição. Tanto que no jogo de ida, 2 a 0 foi pouco para os hermanos, que pressionaram um Atlético que fez a pior partida no torneio.
Mas no Horto a história é diferente. Sempre foi naquela campanha. E o apagão que o time sofreu na argentina ajudou ao time quando precisou no jogo de volta. Com 1 a 0 no placar, o jogo se encaminhava para o final e a retranca argentina parecia intransponível. Mas o apagão dos refletores fez com que os atleticanos colocassem os nervos no lugar e o pé na pontaria. Pé de Guilherme, que pegou de primeira o rebote de Matteo para ampliar o placar e levar a decisão para os pênaltis.
Penaltis? Ah, isso é com ele, Victor. Foi ele que levou o Galo para a decisão ao pegar a cobrança de Maxi Rodríguez. Ali começava a força do "Eu acredito".
Final
Nas finais contra o Olímpia, do Paraguai, o clima era de confiança total. Afinal, os paraguaios não metiam muito medo, já que o pior havia passado nas fases anteriores. Além do mais, o time de Assunção já havia perdido para o Galo o título da Copa Conmebol 1992.
Mas o primeiro jogo mostrou que de freguês o Olímpia não tinha nada. Lá vem aqueles 2 a 0 duros de engolir nos jogos de ida. E lá vai o time do "Eu acredito" ter que virar em casa.
O dia 24 de julho de 2013 poderia ser chamado de "dia da redenção", "dia do infinito", "dia da justiça", ou qualquer dia para um dia que não foi qualquer.
Não teria time, jogador, pênalti, árbitro, clima ou qualquer outro fator capaz de tirar do Atlético o título de maior equipe da América.
Jô tratou de mostrar isso ao abrir o placar, após falha de Pitoni, no início do segundo tempo. Ferreyra também deu mostras disso ao escorregar sozinho, depois de driblar Victor e perder a chance do empate. E Léo Silva comprovou ao cabecear a bola, que durou uma eternidade para cair nas redes de Martin Silva. Eternidade não, 105 anos melhor dizendo. Foram 105 anos de espera e de justiça.
A bola na trave da cobrança de Gimenez no pênalti derradeiro do Olímpia, após a defesa de Victor na cobrança de Miranda, foi apenas a confirmação de que o título da Taça Libertadores de 2013 já tinha dono desde o início.
Documentário comemorativo
Uma campanha como essa se tornou um documentário exibido pela TV Galo, em dois programas ao vivo em homenagem aos cinco anos da conquista histórica da Taça Libertadores, em 2013.
O material produzido pela equipe de comunicação do clube teve duração de 50 minutos na sua primeira parte e uma hora na segunda parte, e foi transmitido, ao vivo, pelo canal da TV Galo no Youtube, Facebook e Twitter oficial do Atlético.
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