sábado, 30 de dezembro de 2017

Oswaldo critica calendário, defende Roger e Micale e vê 2018 do Galo com otimismo Treinador avalia negativamente fórmula do Mineiro, cita Adilson como exemplo no excesso de jogos no Brasil e diz estar empenhando na montagem de uma equipe forte Por GloboEsporte.com, de Belo Horizonte 30/12/2017 15h01 Atualizado há 6 horas Os jogadores do Atlético-MG voltam às atividades no dia 4 de janeiro. E treze dias depois, o time já entra em campo pela primeira rodada do Campeonato Mineiro, contra o Boa Esporte, no Sul de Minas. O calendário do futebol brasileiro ainda mais apertado, em virtude da Copa do Mundo, foi o principal tema abordado pelo técnico Oswaldo de Oliveira em entrevista à Rádio Itatiaia. + "Galo titular" sofre maior reformulação da década em uma virada de temporada O treinador tem contrato com o Galo até o fim de 2018. Oswaldo começou a entrevista defendendo o tempo de trabalho para êxito no cenário nacional. Fora da disputa da próxima Libertadores, o comandante alvinegro poupou Roger Machado e Rogério Micale, seus antecessores no Galo, de críticas pelo insucesso do clube ao longo de 2017. - A gente não está lidando com uma máquina. São seres humanos. Seja qual for a situação, tanto para o Roger quanto para o Micale, eles não tiveram tempo de trabalhar, de fazer um trabalho que tivesse consistência e durabilidade. O treinador, por melhor experiência que ele tenha, precisa ter tempo de trabalhar e organizar as coisas. É claro que não tem nenhum louco aqui no Atlético. Se fizeram as mudanças, tiveram motivos para fazer. Do meu ponto de vista, de quem chegou depois, acho que a continuidade é fundamental. Oswaldo lembrou os cinco anos passou no Japão em comparação com o número de jogos realizados por equipe apenas no Campeonato Brasileiro. - Disputei cinco campeonatos no Japão com 34 jogos, aqui nós temos 38 (no Brasileirão). Campeonato lá começava em março e acaba exatamente na data que acaba aqui, na primeira semana de dezembro, com logística e temperatura muito mais fácil que aqui. As distâncias são muito menores e menos jogos. + Colón não abre mão de multa e emperra negociação do Galo por Conti Um dos exemplos de desgaste citados pelo treinador atleticano foi o volante Adilson. O jogador estreou em março pelo Atlético-MG, após defender o Terek Grozny, da Rússia. Entre novembro do ano passado e o fim da atual temporada no Brasil, o meio-campo participou de 40 partidas. - O Adilson era um jogador que quando cheguei estava jogando muito, depois caiu. Ele fazia 30 jogos por ano na Europa. Aqui ele já passou dois 50 (na verdade 40 jogos entre novembro de 2016 e dezembro de 2017) Chegou uma hora que ele machucou, voltou, tentou recuperar e não readquiriu a forma e o ritmo de jogo que ele tinha. Acabou abrindo espaço para o Yago, um jogador que vinha bem, entrou e está jogando. Mas a gente não pode negar que o Adilson é um jogador de muita qualidade. Só precisa se readaptar às condições diferenciadas que nós temos aqui. Oswaldo não aprovou o aumento do número de jogos estabelecidos na nova fórmula de disputa do Campeonato Mineiro, que começa no dia 17 de janeiro. No arbitral entre os clubes participantes, ficou estabelecido a disputa das quartas de final da competição, em jogo único, com os oito melhores da fase de classificação. - Sou apaixonado pelos campeonatos estaduais, mas sempre fui favorável a que se encolhessem essas competições. Aqui eram 15 datas e passaram para 16, é inviável. O nosso calendário não admite mais, o desgaste é muito grande. E fico surpreso que alguns avaliem o nosso campeonato como de baixo nível técnico. Não acho que seja, principalmente, dadas às circunstâncias que nós somos levados. Por fim, o treinador projetou o trabalho no Atlético-MG para o próximo ano. Oswaldo não comentou os atletas que deixaram o clube - caso de Fred, Marcos Rocha, Robinho e Rafael Moura – nem os contratados até o momento (Ricardo Oliveira, Róger Guedes, Samuel Xavier e Erik). O técnico apenas garantiu empenho e dedicação para um ano que ele vê com muito otimismo. - Estamos trabalhando muito na direção de construir uma equipe forte. Estamos tentando viabilizar algumas contratações. Da minha parte, vamos trabalhar muito nesse sentido. Vejo com muito otimismo. Vocês podem ter certeza que empenho, trabalho e dedicação não vão faltar. Espero escolher as pedras certas.

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