sábado, 23 de julho de 2016

Vitória para garantir a vaga Robinho e Pratto são as esperanças de gol do Galo contra o Independiente del Valle nesta noite PUBLICADO EM 06/04/16 - 03h00 Thiago Nogueira O Atlético tem apresentado um farto poderio ofensivo nesta temporada. Foram seis goleadas em 19 jogos e 35 gols marcados que coincidem com a boa fase de Robinho e a retomada da confiança de Lucas Pratto. Usando-se desses ingredientes, a equipe alvinegra entra em campo nesta quarta, às 21h45, em Sangolqui, no Equador, para tentar sacramentar sua classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores. Adversário da noite – o mesmo que foi duramente batido pelo Galo no jogo da segunda rodada do grupo, por 1 a 0, no Horto –, o Independiente del Valle coloca toda a sua esperança em um bom resultado em seus domínios para buscar uma inédita vaga na fase mata-mata da competição. E é exatamente aí que os atleticanos vão procurar tirar proveito. “O Independiente, que necessita da vitória, deixará espaços atrás. Temos jogadores como Luan, Robinho e Pratto, que podem fazer a diferença. Se ficarmos concentrados na parte defensiva, na parte ofensiva, a qualquer momento, podemos prejudicá-los”, avaliou o equatoriano Erazo, que, ao lado do conterrâneo Cazares, faz as honras da casa. Lembranças. O Galo de 2016 não tem poupado na quantidade de gols, o que faz o torcedor lembrar-se do time de 2013, que aplicou goleadas sobre o Arsenal de Sarandí (5 a 2, na Argentina) e outros adversários mais fracos tecnicamente no Campeonato Mineiro, que, assim como neste ano, tem servido de “sparring” para a equipe. O Atlético de hoje tem média de 1,8 gol por jogo, ainda abaixo da equipe de três anos atrás, que fez 43 nos mesmos 19 primeiros jogos da temporada e tinha média de 2,26. Naquela Libertadores, que o time mineiro acabou faturando, o Galo terminou a fase de grupo em primeiro lugar na classificação geral, o que lhe valeu a vantagem de decidir em casa todos os confrontos até a final. Neste ano, a equipe de Diego Aguirre tem meta semelhante. Com dez pontos em quatro partidas no grupo 5, o alvinegro só não tem melhor campanha que o Nacional de Medellín-COL, do grupo 4, que soma 12 pontos com a mesma quantidade de jogos. Uma vitória nesta quarta, no Equador, além de garantir a vaga e o primeiro lugar do grupo, dará ao Galo a liderança na classificação geral, pelo menos provisoriamente, já que a equipe colombiana só volta a entrar em campo pela competição no próximo dia 12. Uilson estreia na competição com altitude O Atlético terá uma dificuldade a mais para vencer o Independiente del Valle, nesta noite, no Equador. O esperado fator é a altitude de 2.500 m da cidade de Sangolqui, onde fica o Estádio Municipal General Rumiñahui. Estreante na Copa Libertadores, o goleiro Uilson está ciente das dificuldades provocadas pela altitude e espera não ser enganado pela velocidade da bola, por exemplo. “A altitude é difícil, nunca tinha experimentado esse clima. A bola vem mais rápido e às vezes desvia em cima. Tem que ficar mais atento nas jogadas”, afirmou o jovem arqueiro atleticano, que completa 22 anos no fim do mês. “É concentração total. Vamos em busca de mais um resultado positivo e esperamos sair daqui com a classificação”, completou. Contratado emergencialmente, o experiente goleiro Lauro ficará no banco. Contra chuva e gramado ruim Além da altitude de 2.500 m da cidade de Sangolqui, a equipe do Atlético terá de enfrentar outros dois problemas nesta noite: a chuva e o gramado ruim do Estádio Municipal General Rumiñahui. A previsão do tempo para o horário do jogo é de chuva e 14ºC. Os jogadores, porém, testaram o gramado da partida e buscaram mapear todas as dificuldades a serem enfrentadas no estádio. O volante Júnior Urso indica, por exemplo, que o Galo pode até mudar seu estilo de jogo para enfrentar o Del Valle, adotando uma postura mais cautelosa no começo da partida, esperando as ações iniciais do adversário. “O gramado parece ser bom sem o clima de chuva. Mas está bastante complicado, soltando um pouco da grama, e deixando o campo mais pesado. Isso causa um cansaço mais rápido. A gente tem que ver isso no jogo, porque, se continuar assim, vamos ter que mudar nosso estilo, ser mais calmos, esperando o time deles, para a gente se adaptar ao campo o mais rápido possível e impor nosso ritmo”, afirmou Júnior Urso. Outra dificuldade apontada pelo meio-campista é a proximidade dos torcedores com o campo. Contudo, Urso ressalta que o lugar lembra a realidade vivida pelo Galo no Horto, deixando, assim, os atletas mais cientes dos atalhos para transpor o desafio. “Com o apoio da torcida, mais próxima do gramado, eles são favorecidos. Mas a gente está tranquilo, porque o Independência também é bem próximo, estamos acostumados com a torcida bem calorosa. Vamos trabalhar, impor nosso ritmo e tentar fazer uma grande partida”, disse o volante, que ganhou definitivamente um lugar na equipe titular, deixando Donizete no banco.

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