terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Alexandre, O Grande: há cinco anos, Kalil deixava a presidência do Atlético Henrique André @ohenriqueandre 03/12/2019 - 07h00 O relógio apontava 18h08 quando, no dia 3 de dezembro de 2014, Alexandre Kalil deixava oficialmente de ser o presidente do Atlético. Aos 36 anos, o advogado e cientista político Daniel Nepomuceno assumia a função e, com ela, a missão de manter o time alvinegro no trilho das grandes conquistas. “O Atlético tem uma casa (Independência) e um salão de festas (Mineirão). Tem um elenco que deu dois bailes na Copa do Brasil. Provou que está forte. O caminho vai ser feito e é um caminho sem volta para o clube”, disse Alexandre em sua última entrevista como presidente. Bruno Cantini/Atlético Alexandre Kalil No último dia como presidente do Atlético, Alexandre Kalil foi homenageado com a exposição das taças conquistadas durante o mandato dele Contudo, desde que o atual prefeito de Belo Horizonte deixou o que chamava de “a cadeira mais importante do Estado”, o Atlético só conquistou duas edições do Estadual (2015 e 2017) e se desacostumou com as épicas voltas olímpicas da Era Kalil. Homem forte do clube em dois mandatos consecutivos, e presente nos títulos da Libertadores, em 2013, e da Copa do Brasil e Recopa, em 2014, o “turco” deixou saudade em muitos atleticanos. Pelas redes sociais, inclusive, muitos pedem para que o hoje político retorne rapidamente ao futebol; o que ele rechaça com veemência. Mero torcedor Desde que Nepomuceno assumiu o cargo no Atlético, Kalil passou a observar o clube de longe. Ocupando o posto de “mais um torcedor”, evitou dar palpites quando as coisas não davam certo dentro de campo e não foi visto nos dias de jogos na Arena Independência. E é desta forma que se comporta também na gestão de Sérgio Sette Câmara, iniciada no início do ano passado. “Eu vou ser muito franco: não tenho a menor relação com o Atlético hoje. Não por briga, por nada. Primeiro, porque sou prefeito de Belo Horizonte. Segundo, que não vou ligar para o presidente para saber se é verdade que ele está contratando fulano. Se for verdade, vai chegar. Eu sei, fui presidente”, disse o ex-dirigente, em março deste ano, ao Globoesporte.com. Última esperança Sem Kalil e com Sette Câmara sofrendo constantemente com os protestos dos torcedores, o Atlético vai em busca de um consolo para finalizar o desastroso ano. Caso vença o Botafogo, a equipe comandada por Vagner Mancini garantirá vaga na Copa Sul-Americana, competição da qual foi eliminada nas semifinais em 2019. Assim como aconteceu no ano passado, quando não disputou a Copa Libertadores, na temporada que vem o Atlético não estará na briga pelo caneco mais importante do continente e, com isso, tem o sonho do bicampeonato adiado.

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