terça-feira, 28 de novembro de 2017

Nos últimos 5 anos, continuidade foi segredo dos títulos nas Séries A e B; e Copa do Brasil Alexandre Simões e Frederico Ribeiro asimoes@hojeemdia.com.br 28/11/2017 - 08h25 - Atualizado 14h31 No futebol das danças das cadeiras, é a continuidade que dita quem levanta a taça no fim do ano. Em 2018, Atlético e Cruzeiro iniciarão a temporada com os mesmos treinadores que fecharam 2017. Mano Menezes foi campeão da Copa do Brasil depois de balançar no cargo, mas seguir no banco de reservas da Raposa. Trabalho a longo prazo recompensado. Oswaldo de Oliveira, entretanto, espera ter respaldo semelhante no Galo. Ficará para tentar cumprir o contrato, até dezembro do próximo ano. Usou o curto espaço de tempo - teve apenas dois meses de trabalho - para agradar torcedor, críticos e diretoria. Nos últimos cinco anos de futebol nacional, apenas quatro campeões, entre os 15 vencedores das Séries A e B e da Copa do Brasil, trocaram o comando técnico durante a campanha. Sendo que três dessas mudanças no meio do caminho foram na Copa do Brasil; a outra na Série B. Dos campeões da Primeira Divisão, de 2013 para cá, apenas Cuca, em 2016, não iniciou a temporada no Palmeiras campeão, mas dirigiu o time em todo o campeonato. Todos os outros fizeram trabalhos anuais. A terminar com Fábio Carille, que ergueu a taça no último domingo. Quem colocou faixa no peito e venceu troféu nacional com mudança de treinador foram Flamengo (2013), Palmeiras (2015) e Grêmio (2016). Curiosamente, Mano Menezes e Oswaldo de Oliveira protagonizaram estas mudanças, sendo sacados de Flamengo (Jayme Almeida assumiu) e Marcelo Oliveira, no Palmeiras. Na Série B, quem completa a lista de câmbios é o Botafogo campeão de 2015. Ricardo Gomes ergueu o troféu substituindo Renê Simões. No Atlético, um dos erros admitidos pelo presidente Daniel Nepomuceno, em entrevista ao Globoesporte.com, foi as trocas de comando na equipe. Em 2018, o novo mandatário, Sérgio Sette Câmara (chances quase 100% de vencer a eleição), tende a mudar o hábito. “Eu estou muito feliz com isso. Espero conseguir dar continuidade ao trabalho no ano que vem. Que a gente possa formar uma equipe forte, competitiva e que traga vitórias que a gente precisa”, afirmou Oswaldo de Oliveira, após o empate em 2 a 2 contra o Corinthians, domingo. FÓRMULA REPETIDA No Cruzeiro, Mano Menezes renovou o contrato até dezembro de 2019. Basta permanecer no cargo por mais 12 meses para repetir o tempo de Marcelo Oliveira na Toca da Raposa II. Receita que trouxe sucesso, com dois títulos da Série A. Mano já venceu a Copa do Brasil e trabalha pensando na Libertadores 2018. Entretanto, mesmo com o sucesso neste ano, espera que a qualidade da equipe evolua para os novos desafios que virão. “Eu sempre acho que a gente pode fazer melhor. Temos que trabalhar todo dia e iniciar a próxima temporada para fazer melhor. Tivemos ausências importantes em demasia. Temos que cuidar para isso não ocorrer”, disse o treinador, que já garantiu no mínimo uma sexta posição no Brasileiro, que já daria vaga na Libertadores 2018.

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