terça-feira, 14 de março de 2017
DIREITOS TRABALHISTAS
Meia Cárdenas aciona Atlético na Justiça cobrando R$ 1 milhão
Jogador foi contratado pelo Galo em 2015 e pelo clube fez 29 jogos e não marcou nenhum gol
Cárdenas defendeu o Atlético na temporada de 2015
PUBLICADO EM 14/03/17 - 19h14
ANTÔNIO ANDERSON
@SUPERFC
O meia colombiano Sherman Cárdenas entrou com uma ação contra o Atlético na 47ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte cobrando direitos trabalhistas devidos pelo clube. Segundo o advogado do jogador, Leonardo Tasmo Azevedo, a intenção é receber cerca de R$ 1 milhão referente ao não pagamento de salários, premiações e direito de imagem.
Leonardo Tasmo Azevedo explica que quando Cárdenas foi contratado pelo Atlético, em 2015, ficou acertado um contrato salarial de US$ 550 mil líquidos pelos dez meses de vínculo trabalhista. Porém, segundo o advogado, o clube elaborou outros dois documentos, um para o direito de imagem e outro para carteira de trabalho.
“Com esta divisão, o Cárdenas acabou sendo prejudicado no seus direitos trabalhistas, já que o Atlético deixou de pagar os recolhimentos devidos ao jogador pela relação de emprego”, afirmou Leonardo Tasmo Azevedo.
O contrato de direito de imagem estava estipulado em R$ 1,058 milhão. “O Atlético firmou um acordo no qual o atleta, que é estrangeiro e não entende da legislação brasileira, foi obrigado a constituir uma pessoa jurídica para receber o salário. Houve um desvio no contrato e isso prejudicou o Cárdenas”, destacou o advogado.
Leonardo Tasmo Azevedo destacou que o Cárdenas tentou resolver de forma amigável a situação com o Atlético, mas não obteve sucesso. “Se o clube não fizer uma composição na primeira audiência, cabe recurso para o Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região e, posteriormente, para o Superior Tribunal do Trabalho, em Brasília”, ressaltou o advogado.
Para tentar garantir o recebimento destes direitos, a defesa do meia colombiano também fez um pedido de expedição à Fifa para que a entidade possa agir e tomar providências contra as supostas irregularidades cometidas pelo clube no contrato do jogador. A ação sugere bloqueio de R$ 800 mil das contas do clube Alvinegro como garantia.
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