terça-feira, 28 de março de 2017

Galo pede afastamento de árbitro que acumula polêmicas e é o mais antigo 'Fifa' do Brasil Frederico Ribeiro fmachado@hojeemdia.com.br 28/03/2017 - 13h22 - Atualizado 14h24 O resultado do jogo entre Uberlândia e Cruzeiro, nesta segunda-feira (27) foi totalmente favorável ao Atlético. O empate garantiu ao Galo a primeira colocação da primeira fase do Campeonato Mineiro. Mas o clube não se sentiu totalmente satisfeito com o que viu no Triângulo Mineiro e pediu o afastamento do árbitro Ricardo Marques Ribeiro. Cria-se, portanto, mais um capítulo de polêmica em volta do juiz. Ricardo, apesar de se chocar novamente com o Atlético, é o único árbitro da Federação Mineira de Futebol que integra o quadro da FIFA e, mais do que isso, é o "dono do apito" brasileiro a mais tempo usando o patch da entidade máxima do futebol mundial (desde 2009). Na FMF, apenas o bandeirinha Guilherme Dias Camilo também pode usar o emblema da FIFA. Entretanto, ao marcar pênalti no atacante Ramón Ábila no duelo de segunda-feira, gerou revolta na diretoria do Atlético. A falta marcada permitiu ao Cruzeiro empatar o duelo que estava 1 a 0 para o Uberlândia. A Raposa ainda conseguiria virar a partida, mas tomou um gol de empate no final. Prontamente, o Galo produziu um documento para a FMF no qual solicitava o afastamento de Ricardo Marques Ribeiro do quadro de arbitragem. Tal pedido, entretanto, segundo o presidente da comissão de arbitragem da Federação, Giuliano Bozzano, disse ao Hoje em Dia que, até a hora do almoço desta terça-feira (28), não chegou às suas mãos. As divergências entre o Atlético e a atuação de Ricardo Marques Ribeiro pelos gramados começou ainda em 2008, quando o então presidente do clube, Ziza Valadares, solicitou o veto do juiz após reclamações em um jogo do alvinegro. Quem conseguiu afastar Ricardo Marques dos jogos do Atlético foi o sucessor de Ziza, Alexandre Kalil, atual prefeito de Belo Horizonte. Ricardo Marques teve uma atuação duramente criticada na semifinal do Campeonato Mineiro de 2010. O Cruzeiro foi eliminado pelo Ipatinga por 3 a 1 no Mineirão. Mas o Tigre, assim como o Galo, se assustou com erros cometidos pelo juiz, que marcou pênalti para o Cruzeiro e expulsou dois jogadores do time do Vale do Aço. Ricardo chegou, inclusive, a processer o chargista Duke, do Jornal O Tempo, por uma charge na qual o desenhista fazia uma piada relacionando duas "ocorrências": "roubo do juiz" e "atropelo" do Tigre na Raposa. Duke foi condenado a pagar R$ 15 mil como indenização por "danos morais". Reprodução/CBF Relação de 'árbitros Fifa'; Ricardo Marques pertence ao quadro da entidade desde 2009 Relação de 'árbitros Fifa'; Ricardo Marques pertence ao quadro da entidade desde 2009 De 2010 até o começo de 2016, Ricardo Marques não podia apitar jogos do Atlético. O veto caiu com Daniel Nepomuceno e o árbitro voltou a comandar jogos do Galo, a começar por um duelo contra o Tombense. Posteriormente, também foi escalado para o duelo contra a URT pelas semifinais do Campeonato Mineiro daquele ano. A última aparição do árbitro em jogo do Atlético correu este ano, pelo Estadual, goleada de 4 a 1 contra o América. Em relação ao Cruzeiro, o juiz ficou um bom tempo sem ser o comandante de uma partida do time celeste. Atuava mais como 4º árbitro em partidas da equipe na Copa Libertadores. Este ano, entretanto, foi escalado em três jogos da Raposa no Campeonato Mineiro: Villa Nova (2x1), América-TO (1x0) e o empate com o Uberlândia.

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