sábado, 11 de março de 2017
1/03/2017 07h00 - Atualizado em 11/03/2017 07h00
Com Europa como espelho, Luan quer menos catimba e futebol mais corrido
Pronto para o retorno, Luan brinca que poderia estar jogando na Europa, se não tivesse sofrido as seguidas lesões no joelho, que o afastaram dos gramados
Por Fernando Martins Y Miguel e Rafael AraújoBelo Horizonte
Perto do retorno, após superar mais uma vez a lesão no joelho direito, o atacante Luan não esconde a ansiedade de voltar aos campos. Enquanto se tratava e ficava fora de ação, um dos passatempos do "Maluquinho" do Galo era assistir futebol. Na lista dos times preferidos do jogador estavam, além do Atlético-MG, partidas do Atlético de Madrid (Espanha), Chelsea e o Manchester City, ambos da Inglaterra.
Acompanhando o futebol europeu, Luan viu as diferenças do jogo no futebol do Velho Mundo e no Brasil. Para ele, o estilo rápido jogado na Europa é completamente diferente do praticado no Brasil, além da valorização dos jogadores.
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- Acho que, aqui no Brasil, você não valoriza um jogador que marque tanto. O jogador que tem uma disciplina tática, às vezes é visto como esforçado ou de muita raça. Lá na Europa, eu vejo que esse jogador é muito mais valorizado. A diferença é na qualidade também. A dinâmica de jogo é muito rápida, a bola corre mais, os campos também são diferentes, né. Estão um pouco a frente pelo fato de o jogo correr mais. Aqui no no Brasil tem muita catimba, o jogo corre menos. Nós, brasileiros, precisamos jogar um pouco mais e largar essa catimba.
Acho que aqui no Brasil você não valoriza um jogador que marque tanto. O jogador que tem uma disciplina tática, às vezes é visto como esforçado ou de muita raça. Lá na Europa, eu vejo que esse jogador é muito mais valorizado
Luan
Jogar na Europa é o sonho de qualquer jogador e com Luan não é diferente. Se não tivesse sofrido a lesão no joelho, ele acredita que poderia atuar em alguma equipe do futebol europeu.
- Fiquei um pouco chateado, porque ninguém quer lesionar. Fico brincando com o doutor Lasmar (Rodrigo Lasmar, médico do Atlético-MG), que se eu não tivesse lesionado já estaria na Europa há muito tempo. Ele dá risada e fala que não posso sair daqui. Sou um cara que supero qualquer coisa e não vou baixar a cabeça nunca.
Amigo no Galo
Com poucos jogos e algumas lesões desde a temporada passada, Luan ressalta a amizade que criou com o médico do Galo, Rodrigo Lasmar. Agora curado, ele quer ter uma sequência e relembra a dificuldade de ficar de fora.
- Com o Lasmar, a gente é como se fosse um irmão. A gente joga aberto um com o outro, a gente conversa bastante, devido às lesões que eu tive, mas é passado. Estou curado. Eu quero jogar sempre. Ficar de fora é difícil. Por mais que muitos achem que você quer ficar de fora, mas é bobagem quem pensa assim. Nós atletas precisamos de sequência, de jogar, precisamos de fazer um contrato melhor, ganhar um pouco mais para ajudar a família. Não tem nenhum problema ficar de fora de alguma partida, mas foi difícil ficar de fora neste começo. Infelizmente não joguei, então agora é começar do zero para neste ano conquistar o que a gente não conquistou ano passado - destacou o atacante, que espera voltar a levantar canecos pelo Galo neste ano.
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