sábado, 23 de julho de 2016
Clássico
Experiência contra juventude
Mesmo sendo rival, veterano dá a dica ao novato: “A chance aparece, tem que aproveitar”
PUBLICADO EM 27/03/16 - 03h00
Thiago Nogueira Fernando Almeida
De um lado, Fábio, 35 anos, 677 partidas com a camisa do Cruzeiro. Entrará em campo neste domingo, às 11h, no Independência, para somar a impressionante marca de 49 clássicos disputados. Do outro, o jovem Uilson, 21 anos, apenas três participações na equipe principal, algo em torno de 140 minutos em campo – o que não dá nem dois jogos inteiros. Ele faz hoje seu primeiro Atlético e Cruzeiro como profissional.
Defensores da meta de seus times, os goleiros rivais são donos de currículos diferentes, mas compartilham da mesma missão. Se Uilson precisará controlar o nervosismo por causa da estreia, Fábio faz uso da ansiedade corriqueira para manter a adrenalina alta.
Mais experiente, Fábio não sabe como Uilson se portará em campo, mas, mesmo do lado oposto, avalia a tarefa do novato. “É uma situação muito ímpar. A oportunidade aparece, mas nem sempre é o momento que a gente esperava. Tem que aproveitar. Muitos podem assumir essa responsabilidade e fazer um bom trabalho, mas pode acontecer de sair tudo errado, faz parte em qualquer posição”, ressalta o experiente camisa 1.
Uilson será o substituto de Victor e Giovanni, ambos machucados e sem previsão de retorno. “A gente espera a chance, mas não espera da forma que ela veio, com companheiros lesionados. Mas a ansiedade passa um pouco quando se entra em campo”, destaca o jovem goleiro, reforçando o que disse Fábio.
Em 2007, em situação semelhante, Fábio, lesionado, foi substituído por Gatti, então com 22 anos, em um clássico contra o Atlético. O suplente pegou pênalti de Marcinho quando o Galo tinha a chance de virar o placar. Por fim, a Raposa acabou vencendo por 4 a 2.
Expertise. Formado no clube, Uilson diz ter participado de uns 12 clássicos nas categorias de base. “Ganhei alguns campeonatos em cima do Cruzeiro. Sempre fiz bons jogos e espero manter essa média”, avisou. Com o goleiro cruzeirense, a trajetória no quesito clássico é diferente.
Revelado pelo União Bandeirante, time do interior do Paraná, Fábio se acostumou a enfrentar os grandes da capital desde cedo. “Com 17 para 18 anos, eu já enfrentava Coritiba, Paraná, Atlético-PR. Depois foi muito mais fácil encarar muitos clássicos tanto no Rio (quando atuou pelo Vasco), como aqui”, ponderou o jogador com mais partidas na história do Cruzeiro. Em 48 partidas contra o Atlético, Fábio conseguiu 21 vitórias, perdeu 14 vezes e empatou 13.
Enquanto Fábio caminha para o fim de carreira – tem contrato até julho de 2018 –, Uilson ainda dá suas primeiras pontes e ensaia seus primeiros milagres. Tímido, o baiano treina com a equipe profissional desde o início da temporada 2014 e já foi convocado para diferentes seleções de base.
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