terça-feira, 7 de abril de 2020

Mineirão tem contratos de fidelidade engatilhados com Galo e Cruzeiro; entenda Discussões finais foram paralisadas por causa da pandemia de coronavírus; acordo prevê multa inferior a R$ 200 mil caso os clubes decidam jogar no Independência; o mesmo vale para a Minas Arena em caso de shows Mineirão galo cruzeiro atletico Atlético e Cruzeiro se enfrentaram no Mineirão, no último dia 7 de março; mando de jogo era do Galo Thiago Nogueira | @thiagonoggueira 07/04/20 - 12h16 A crise provocada pela pandemia de coronavírus impediu que a Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, assinasse novos contratos com Atlético e Cruzeiro para jogos no estádio. Os acordos têm cláusulas semelhantes, que inclui fidelidades, mas com multas contratuais mais baixas do que as praticadas anteriormente. Na prática, os dois clubes se comprometeriam a jogar no Gigante da Pampulha, reservando datas com antecedência. Se, por algum motivo, as equipes quiserem jogar no Independência, elas pagariam uma multa inferior a R$ 200 mil. No antigo acordo da Raposa, por exemplo, a multa era bem mais salgada, no valor de R$ 2 milhões. Nas novas propostas, a Minas Arena também estaria sujeita a multa de mesmo valor se ela precisasse de uma data para realizar um grande show, obrigando que uma partida inicialmente marcada para o Mineirão tivesse que ser transferida para o Horto. Tudo, no entanto, deve ser acordado com antecedência. Por causa da paralisação dos campeonatos, os últimos detalhes dos contratos serão discutidos assim que tudo for normalizado. "Estávamos muito próximos (de assinar com os clubes), com as minutas aprovadas. Com o Atlético, estávamos próximo da assinatura quando tudo parou. Não é o momento agora de assinar o contrato. Na volta a gente vai repactuar esses contratos. São contratos positivos para ambas as partes, no ganha-ganha", explica o diretor comercial do Mineirão, Samuel Lloyd. A relação com a diretoria do Galo vinha se estreitando nos últimos meses, tanto que o clube decidiu, pela primeira vez desde a reforma do estádio, em 2013, mandar um clássico contra o Cruzeiro, no Mineirão, fato ocorrido no dia 7 de março, antes da pandemia. O acordo com o Atlético compreenderia o período até a finalização das obras da Arena MRV, o futuro estádio alvinegro, previsto para ser inaugurado em meados de 2022. Com o Cruzeiro, a discussão tem outras peculiaridade. O antigo contrato de fidelidade foi desfeito e a concessionária cobra uma dívida na Justiça. A Minas Arena sugeriu um acordo para o pagamento dos valores devidos, abrindo mão de juros de multa. O restante a pagar estaria na casa de R$ 20 milhões, valor que seria dividido em parcelas a partir de 2022. Como condição, a empresa exige que o clube arque com 100% das despesas de jogo, o que não foi aceito pelo grupo que comanda o Cruzeiro atualmente. "No Cruzeiro, estávamos próximo de resolver toda a pendência, que é a questão da dívida, que estava OK. O clube também tinha a opção de pagamento do histórico (da dívida). A única discussão era o pagamento do custo dos jogos. Ele gostaria de voltar a vantagem que ele perdeu pela falta de pagamento de 70% dos custos, enquanto a condição atual é que ele pague 100% dos custos", pondera Lloyd. O novo contrato valeria por dez anos, ou seja, até 2029.

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