quinta-feira, 7 de maio de 2020

Fifa abre processo disciplinar contra clube português por inadimplência com o Atlético-MG Saída do meia-atacante Bruno Tabata, revelado pelo Galo, foi turbulenta em 2016; clube mineiro buscou "indenização por formação" e conseguiu decisão favorável de 110 mil euros Por Frederico Ribeiro — de Belo Horizonte 06/05/2020 14h23 Atualizado há um dia Fifa abre processo disciplinar contra clube português por inadimplência com o Atlético-MG Fifa abre processo disciplinar contra clube português por inadimplência com o Atlético-MG Bruno Cassucci O Atlético-MG acionou a Fifa, e o Comitê Disciplinar da entidade notificou o clube português Portimonense de que irá abrir um processo por conta de inadimplência em ação movida pelo Galo e vencida na Câmara de Resoluções de Litígio do órgão. O clube brasileiro teve decisão favorável para receber "indenização de formação" dos lusitanos pela saída do meia-atacante Bruno Tabata. O valor que o Atlético terá direito é de 110,8 mil euros, com juros de 5% ao ano. Sem os juros, as cifras corrigidas na cotação atual dão R$ 682 mil. O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido, publicou no Twitter a notificação do departamento disciplinar da Fifa ao Portimonense, informando que abrirá o processo em 1º de junho de 2020, para apurar a inadimplência do clube português. O Atlético tem direito de ser ressarcido pela ida do jogador, que assinou em Portugal em 2016, pois o Galo é clube formador do jovem atacante. Em 1º de outubro de 2019, a Câmara de Resolução de Litígios, por meio de juiz único, proferia a seguinte sentença na reivindicação do Galo contra o Portimonense: "O demandado, Portimonense SC, deve pagar ao reclamante, dentro de 30 dias a partir da data de notificação da presente decisão, o montante de 110.833 euros mais 5% de juros p.a. a partir de 6 de agosto de 2016 até a data do pagamento efetivo . Em 5 de março de 2020, o departamento jurídico do Atlético enviou email com os dados da conta bancária do clube para o depósito das cifras pelo Portimonense, alertando que o prazo final do clube português se encerraria em 6 de abril. Dois dias depois do tempo ter estourado, o Atlético emitiu ofício para a Fifa, que abrirá o processo disciplinar no próximo mês. Entenda o caso O imbróglio entre Atlético e Tabata iniciou em outubro de 2015, quando o atleta não aceitou renovar vínculo com o Galo - o contrato do meia ia até 31 de março de 2016. O time alvinegro, que podia cobrir o salário apresentado em propostas de outros clubes e ter preferência na renovação com o jogador, descobriu, através do departamento jurídico, que Tabata estava sendo assediado por clubes do exterior. Para se precaver de qualquer ação do jogador, o Atlético entrou na Justiça e conseguiu uma liminar impedindo que o meia se transferisse para outras equipes, tanto no Brasil, quanto no exterior. A justificativa, na época, foi que o atleta não havia aceitado a renovação sem justificativa plausível, e não havia apresentado nenhuma proposta ao clube. Pouco tempo depois, Tabata recebeu, oficialmente, proposta do Portimonense, de Portugal, com valores bem acima em relação aos oferecidos pelo Atlético, impedindo assim, o clube mineiro de cobrir a oferta salarial. O clube português ofereceu ao atleta cinco anos de contrato, um salário mensal de aproximadamente 80 mil reais, que seria aumentado durante o tempo de vínculo. Em abril de 2016, Tabata conseguiu uma liminar derrubando a primeira decisão judicial, que o impedia de se transferir para outra equipe, e assinou com o time de Portugal.

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