terça-feira, 26 de novembro de 2019

investigação sobre incidentes em camarote do Mineirão estão em fase final Corporação divulgará detalhes em entrevista coletiva na sexta-feira Redação /Superesportes postado em 26/11/2019 19:30 / atualizado em 26/11/2019 20:19 Facebook Twitter A Polícia Civil informou nesta terça-feira que as investigações sobre os incidentes ocorridos no camarote do Mineirão, depois do clássico entre Cruzeiro e Atlético, no dia 10 de novembro (domingo), estão em fase final. A corporação se pronunciará oficialmente em entrevista coletiva na próxima sexta-feira (29/11). O jogo da 32ª rodada do Campeonato Brasileiro terminou empatado por 0 a 0. Por volta das 18h, torcedores começaram a trocar cânticos de provocação, até que uma garrafa arremessada por um cruzeirense deu origem à pancadaria. Como resposta, os atleticanos invadiram o setor Mineirão Tribuna e os camarotes destinados aos rivais. Houve arremessos de cadeiras e copos e até mesmo enfrentamento aos seguranças do estádio. Em número pequeno, policiais militares intervieram com tiros para o alto, bombas de efeito moral e muito gás de pimenta. A fumaça chegou aos corredores do Mineirão e às regiões de aglomeração de pessoas, onde muitos passaram mal e precisaram ser atendidos em ambulâncias. Depois, a confusão seguiu generalizada no estacionamento, perto dos camarotes e do vestiário do Cruzeiro. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva, Cruzeiro e Atlético foram punidos com perda de um mando de campo e multa de R$ 100 mil cada pelos incidentes do clássico . O julgamento foi realizado na última quinta-feira, no Rio de Janeiro. O STJD entendeu que os clubes “deixaram de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens”, conforme o art. 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (leia a redação abaixo). “Deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir: I - desordens em sua praça de desporto. PENA: multa, de R$ 100 a R$ 100 mil. Parágrafo 1º - Quando a desordem, invasão ou lançamento de objeto for de elevada gravidade ou causar prejuízo ao andamento do evento desportivo, a entidade de prática poderá ser punida com a perda do mando de campo de uma a dez partidas, quando participante da competição oficial. Parágrafo 2º - Caso a desordem, invasão ou lançamento de objeto seja feito pela torcida da entidade adversária, tanto a entidade mandante como a entidade adversária serão puníveis, mas somente quando comprovado que também contribuíram para o fato”. Os clubes recorreram da decisão e pediram efeito suspensivo até o julgamento do Pleno. A intenção é fazer com que as punições, se mantidas, sejam efetivamente cumpridas na Copa do Brasil de 2020, em um estádio distante pelo menos 100 quilômetros de Belo Horizonte. O STJD deve responder se aceita ou não a solicitação ainda esta semana. Em 17º lugar no Brasileiro, com 36 pontos, o Cruzeiro fará mais dois jogos em casa. Nesta quinta (28/11), às 21h30, enfrentará o CSA, pela 35ª rodada, no Mineirão. Depois, pegará o Palmeiras, às 16h de domingo, 8/12, pela última rodada. O Atlético (13º, com 41 pontos) jogará duas vezes em casa: contra Corinthians, às 18h de domingo, 1/12, no Independência (36ª rodada); e Botafogo, às 19h30 de quarta-feira, 4/12, no Mineirão (37ª rodada). (Foto: Reprodução) Irmãos Adrierre e Nathan insultaram o segurança Fábio Coutinho em tumulto (Foto: Reprodução) Injúria O Atlético ainda foi condenado a pagar R$ 30 mil por causa dos torcedores que cometeram injúria racial. A sanção foi aplicada no art 243-G. “Praticar ato discriminatório, desdenhoso ou ultrajante, relacionado a preconceito em razão de origem étnica, raça, sexo, cor, idade, condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência”. Além da briga, houve episódio de injúria racial de um torcedor do Atlético contra um segurança da Minas Arena. Adrierre Siqueira da Silva, de 37 anos, dirigiu-se a Fábio Coutinho e, com menosprezo, gritou: “Olha a sua cor”. Antes, havia proferido inúmeros palavrões ao prestador de serviço do estádio. Irmão de Adrierre, Nathan Siqueira da Silva, de 28, também teria ofendido Coutinho ao supostamente chamá-lo de ‘macaco’. Ele negou tal fato, garantindo que disse “palhaço”, e não “macaco”. Como Adrierre e Nathan Siqueira foram identificados e desligados do quadro de sócios-torcedores, o Atlético considerou injusta a multa por injúria e também tentará reaver a pena.

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