quinta-feira, 27 de abril de 2017

DIFERENTE DO REGULAMENTO Mandante e TV definem o mando de campo e não a FMF, explica diretor Paulo Bracks declara que entidade não vai contra a decisão do Atlético de jogar no Independência, mas que Federação é favorável à torcida dividida Após vetar grandes jogos no Independência, PM voltou atrás e disse que iria analisar cada jogo PUBLICADO EM 27/04/17 - 15h43 Bruno Trindade @SuperFC Contrariando o que diz o Regulamento Específico da Competição (REC), são os clubes e a emissora de televisão que definem o mando de campo das semifinais e da finais do Campeonato Mineiro, e não a Federação Mineira de Futebol. Pelo menos foi o que disse o diretor de competições da FMF, Paulo Bracks, em entrevista ao Super FC. “O mando da semifinal e da final é do clube mandante e da emissora detentora dos direitos de transmissão. O clube faz a solicitação de onde quer jogar, e a TV tem a prerrogativa de chancelar ou não. A federação designa o estádio após receber a recomendação do clube", explicou Bracks. No entanto, o artigo 27 do REC diz claramente: “Nas semifinais e final, o mando dos jogos pertencerá à FMF, que, após consultar as partes interessadas, decidirá os locais das partidas dentre todos os estádios aptos no Estado de Minas Gerais, sem que se caracterize inversão de mando de campo”. Por esse artigo, a FMF poderia marcar o segundo jogo decisivo do Estadual para o Mineirão, garantido a presença de 10% de cruzeirenses, já que a Polícia Militar vetou duas torcidas no Independência. A Rede Globo, dona dos direitos de transmissão, por sua vez, nega que a decisão final seja da emissora. "Esclarecemos que a Globo não tem o direito de escolher o mando de campo. Antes do inicio do campeonato, apenas informamos à FMF quais estádios têm condições de transmissão", informou a empresa. Sobre o possível descumprimento do regulamento, Bracks diz que o artigo 27 é apenas uma “formalização” pedida pelos clubes do interior, com a finalidade de poderem jogar em outros estádios nas fases finais. “A previsão de o mando ser da federação foi uma reivindicação dos clubes, principalmente os do interior, em 2016. Eles requereram que, nas fases finais, pudessem jogar em qualquer estádio apto de Minas Gerais, sem caracterizar a inversão de mando de campo. A gente diz no regulamento que o mando é da federação para não caracterizar a inversão. Essa situação ocorreu exatamente na primeira partida entre URT e Atlético”, disse Bracks. Ele esclareceu ainda que o estádio da final não tem necessariamente que comportar as duas torcidas. “Tem que ser um estádio apto: capacidade acima de 10 mil pessoas, gramado aprovado, boa iluminação e os quatro laudos das instituições de segurança (Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária e Crea). A questão de segurança é da Polícia Militar”, afirmou. O diretor, no entanto, disse que a FMF está tentando reverter a decisão da PM de vetar torcida do Cruzeiro no Horto.

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