Duas baixas representativas
Prestes a sair, Tardelli é o atleta do atual elenco com mais jogos; Réver era o mais antigo
PUBLICADO EM 17/01/15 - 04h00
A cada início de temporada, as palavras “transferência”, “negociação” e “mudança”, tão comuns no período, assombram os torcedores. As discussões sobre reposição, mudança tática e futuro da equipe tornam-se corriqueiras, e a ansiedade com a chegada de um reforço que substitua à altura um atleta negociado torna-se maior. A questão se aprofunda ainda mais quando o atleta que deixa o time, além de fundamental no esquema de jogo, é também referência no plantel pela quantidade de vezes em que vestiu a camisa do time.
A transferência do atacante Diego Tardelli para a China – que requer detalhes para ser oficializada – implica uma perda não só na parte tática e técnica. Ele é uma referência. Com a camisa do Galo, contabilizando as duas passagens pelo clube, o jogador atuou 219 vezes e marcou 110 gols. Até então, era o atleta do atual elenco que mais vezes havia disputado partidas pelo clube, posto que agora pertence ao zagueiro Leonardo Silva, que entrou em campo 184 vezes.
O mesmo aconteceu com o zagueiro Réver. A ida do defensor para o Internacional fez com que o Atlético perdesse o jogador que estava fazia mais tempo no elenco – ele chegou ao Galo em julho de 2010 e participou de 177 partidas.
Avaliação. Tardelli viajou para São Paulo nesta sexta, acompanhado de um de seus empresários. O presidente atleticano, Daniel Nepomuceno, e o agente chinês, que está envolvido nas negociações de atletas brasileiros para a China, também participaram da reunião. Se para a torcida as perdas causam algum tipo de desconfiança e receio para a temporada, o técnico Levir Culpi deixa claro que não lamenta as saídas de Réver e Tardelli.
“É uma perda difícil de repor porque a qualidade técnica do Tardelli é muito boa. A situação dele aqui chegou ao final de um ciclo, pois raramente ele vai ter uma chance como essa na carreira novamente. Aqui mesmo, no elenco, temos condições de fechar essa lacuna. Não lamento muito a saída, porque, na verdade, nós tivemos momentos em que perdemos jogadores e as coisas foram se ajustando. Eu penso o mesmo agora. Talvez, a gente perca características como a velocidade dele, mas podemos ganhar em algum outro aspecto com o que temos”, analisa o treinador.
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