COPA LIBERTADORES
Caras da esperança
Inspiração para o atacante Bernard é a goleada por 5 a 2 sobre o Arsenal de Sarandí, na Argentina, em que ele balançou a rede três vezes
Responsáveis por 19 dos 25 gols do Atlético na Libertadores, Ronaldinho, Jô, Tardelli e Bernard são aposta do Galo amanhã. Time terá o reforço de Donizete e Leonardo Silva
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:09/07/2013 09:12
Atualização:09/07/2013 09:23
Se a intenção é ter um time competitivo, aguerrido e temido, o Atlético trabalha arduamente dentro e fora dos gramados. O desafio é recuperar a força que o projetou como o melhor equipe da Copa Libertadores e voltar a dar confiança ao torcedor às vésperas do duelo decisivo com o Newell’s Old Boys, amanhã, às 21h50, no Independência, pelas semifinais da competição. Mesmo com desvantagem depois de perder por 2 a 0 em Rosário, Cuca acredita que o quarteto de ataque formado por Ronaldinho Gaúcho, Jô, Diego Tardelli e Bernard vai reviver as grandes atuações da primeira fase e das oitavas de final. Por sua vez, as notícias vindas do departamento médico ajudam a elevar o astral: antes descartados, o zagueiro Leonardo Silva e o volante Leandro Donizete treinaram com bola e devem estar em campo.
Nas últimas três exibições na competição internacional, somente Diego Tardelli conseguiu marcar. Ele fez um dos gols no empate por 2 a 2 com o Tijuana, no México, enquanto Ronaldinho, Bernard e Jô passaram em branco. Recuperar o poderio ofensivo é um dos objetivos da comissão técnica, que viu o Galo deixar de balançar as redes adversárias pela segunda vez diante do Newell’s – a primeira foi na derrota para o São Paulo por 2 a 0, na primeira fase, quando os mineiros já estavam classificados.
O quarteto ofensivo é responsável por 19 dos 25 gols alvinegros no torneio. Diego Tardelli e Jô dividem a artilharia com o argentino Scocco – seis gols cada um. Bernard marcou somente na goleada sobre o Arsenal por 5 a 2, na Argentina, em fevereiro (três), enquanto Ronaldinho se destacou mais nas assistências: foram sete, além de quatro gols.
Na etapa classificatória, o Galo chegou a balançar as redes 16 vezes, média de 2,6 por jogo. A partir das oitavas de final, o ritmo caiu um pouco: foram nove tentos, média de 1,8. “Vemos no semblante de cada um a confiança e o respeito. A nossa força ofensiva continua a mesma e temos de pensar sempre positivamente. Pressionar, mas sem descuidar na defesa. Preciso estar bem para fazer a diferença. Chamar a responsabilidade para aparecer no momento certo”, afirma Jô.
O centroavante estabelece objetivos, mas afirma que a equipe, obrigada a vencer por 2 a 0 para levar o confronto para os pênaltis ou garantir placar como 3 a 0 ou 4 a 1 para se classificar, terá de administrar bem o tempo. Ele não marca gols desde a goleada sobre o Cruzeiro por 3 a 0, na primeira partida da final do Campeonato Mineiro, há quase dois meses, e se cobra para ajudar o time: “O pensamento é fazer o primeiro gol dentro de 20 minutos, mas paciência é fundamental. Sei que nos últimos jogos não fui bem, mas é preciso manter o entusiasmo. Um atacante não pode ficar tanto tempo sem marcar e espero que agora possa sair. O importante é que todos acreditam em mim”.
CONFIANÇA
Leonardo Silva e Leandro Donizete participaram da tradicional roda de bobo e do coletivo tático comandado por Cuca ontem à tarde na Cidade do Galo. O zagueiro estava em tratamento de uma luxação no ombro esquerdo e passou os últimos dias aprimorando a forma física. Apesar de ainda ter de se submeter a fortalecimento muscular, o camisa 3 se mostra confiante: “Temos um departamento médico competente e vale também a dedicação nos treinos. Esta partida é a mais importante e sempre vamos mostrar algo mais, ter superação dentro e fora de campo e acreditar sempre. A cabeça tem de estar boa, e o corpo, melhor ainda”.
O caso de Donizete seria mais sério para a comissão técnica, pois o volante sofreu estiramento na coxa direita, mas houve evolução repentina. O camisa 8 ainda passará por testes mais específicos para avaliar as chances de atuar.
O presidente Alexandre Kalil acompanhou os treinamentos e depois conversou reservadamente com Cuca, dando-lhe apoio. Independentemente do resultado contra o Newell’s, o treinador continuaria no cargo, porque uma das missões é levantar o título brasileiro, no segundo semestre.
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