COPA LIBERTADORES
Andar com fé eu vou
Versão alvinegra para o slogan de campanha de Obama, "Yes, we CAM" é revivido por Cuca e abraçado pela torcida do Atlético, que foi ao CT dar apoio aos jogadores
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:09/07/2013 09:00
Atualização:09/07/2013 09:33
Qualquer fonte de inspiração torna-se válida para que os jogadores do Atlético ganhem motivação e confiança para o importante duelo contra o Newell’s Old Boys, pelas semifinais da Copa Libertadores. Lema do presidente norte-americano Barack Obama na campanha que o levou à Casa Branca em 2008, o slogan “Yes, we can (Sim, nós podemos)” foi apropriado com uma ligeira variação pelo técnico Cuca e na vitória sobre o Criciúma por 3 a 2, no Independência, pelo Campeonato Brasileiro: “Yes, we CAM”, remetendo à representação do clube gravada no escudo. Nas arquibancadas, a torcida emendou com o grito “Eu acredito!”
Mas a famosa frase já havia sido usada pela massa há quatro anos nas redes sociais para animar os jogadores às vésperas da última partida da primeira fase do Campeonato Mineiro – a vitória sobre o Ituiutaba por 2 a 1, na Fazendinha, em 25 de março de 2009. Naquele dia, se o Galo não vencesse, correria risco de ficar fora da fase semifinal. O então técnico Celso Roth até brincou numa de suas entrevistas: “Se a torcida está dizendo que nós podemos, para quê vamos discordar?”
No ano passado, uma das torcidas organizadas do clube outra vez utilizou o bordão na reta final do Campeonato Brasileiro. O Galo liderou a competição por 15 rodadas, mas acabou perdendo a dianteira para o Fluminense. Cuca agora ressuscitou o slogan para contagiar o grupo, ciente de que a equipe precisa recuperar a alegria de jogar.
Ele e a mulher, Rejane, que passa período de férias em Belo Horizonte, utilizaram a camisa no duelo com o Criciúma. “Temos condições de vencer se tivermos total dedicação de corpo e alma. Temos de fazer uma boa partida, como sempre fizemos aqui no Independência, que é nossa casa. O torcedor pode esperar entrega dos jogadores”, diz o treinador.
Contra o Newell’s, atleticanos prometem aderir ao movimento. Já existem camisas ao preço de R$ 23,30 nas lojas do Galo com a inscrição “Yes, We CAM”. Torcidas de outros times também se apropriaram da frase que embalou Obama. Os exemplos mais recentes são América e Palmeiras, que lutaram contra o rebaixamento nas edições de 2011 e 2012 – ambas as equipes, porém, não conseguiram o objetivo.
APOIO
Ontem à tarde, cerca de 30 integrantes de uma organizada foram à Cidade do Galo para dar apoio ao grupo. Com faixas, cartazes e bandeiras, saudaram os jogadores um a um quando entraram no CT de Vespasiano. “Estamos num clima otimista e de apoio. Não podemos deixar escapar o título, pois sofremos muito até aqui. Mas queremos mais luta e vontade de todos. Se o Newell’s ganhou na Argentina, podemos perfeitamente tirar essa vantagem no Horto”, acredita o frentista Ramon Perez do Carmo, de 29 anos, um dos líderes do movimento.
“Se o Cuca tem fé, nós também acreditamos”, afirma o torcedor. Apesar do incentivo, os fãs não foram liberados para entrar na Cidade do Galo.
ATLETICANAS
Valendo
Companheiros de Valencia, o ex-atleticano Diego Alves e o armador argentino Ever Banega, torcedor do Newell’s, fizeram aposta na semifinal. O goleiro, que atuou pelo Galo entre 2005 e 2007, está otimista. “O Atlético tem a força do Independência. Espero que Jô, Tardelli, Ronaldinho, Victor e todos os jogadores estejam iluminados para conseguir a classificação”. O prêmio ainda seria definido.
Lotado
Não há mais ingressos para o duelo de amanhã. Até mesmo as entradas mais caras, de R$ 700, estão esgotadas. O público total será de 23.018 torcedores, incluindo os cerca de 2 mil do Newell’s. Antes da partida os atleticanos vão montar um mosaico de incentivo ao time nas arquibancadas.
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