
terça-feira, 5 de junho de 2012
Da piscina do Copacabana Palace, Kalil conduzia acerto
LNET! revela bastidores da negociação entre Galo e Ronaldinho. Transação teve empresário de Cuca como ponte. Kalil nega
Cuca pediu a Kalil contratação de Ronaldinho para o Galo (Foto: Gil Leonardi)
Eduardo Mendes
Publicada em 05/06/2012 às 07:10
Rio de Janeiro (RJ)
Enquanto Ronaldinho comemorava o desligamento do Flamengo, na quinta-feira à noite, Assis tratava de definir o futuro do irmão. Distante da Barra da Tijuca, onde o atacante possui casa, o empresário do jogador era esperado por Alexandre Kalil na piscina do Copacabana Palace. O fato foi negado pelo presidente do Atlético-MG, mas o LNET! confirmou a apuração com suas fontes.
Acompanhado de um advogado do clube, o presidente do Atlético conversaria pela primeira vez sobre a possibilidade de Ronaldinho vestir a camisa alvinegra.
O encontro que começou depois das 20h foi regado a whisky, a pedidos do próprio Kalil. Empolgado, o mandatário do Galo contava a Assis que o técnico Cuca era um dos maiores entusiastas do negócio.
Isso porque a indicação partiu do próprio treinador e teve o empresário dele, Eduardo Uram, como ponte da transação. Um dia antes de Ronaldinho entrar com o processo na Justiça, as partes estavam cientes da manobra criada para ele deixar o Fla. Avisado, Kalil, então, marcou a viagem ao Rio de Janeiro para a quinta-feira.
Como meros desconhecidos em meio a vários turistas que estavam no local, Kalil e Assis definiram o contrato até o fim desta temporada e o pagamento de R$ 800 mil.
Assim como no Flamengo, o valor integral será dividido. Do total, cerca de R$ 300 mil serão pagos via carteira de trabalho e o restante diz respeito a direito de imagem. O Galo tem uma conversa com uma empresa de marketing em Minas para bancar os outros R$ 500 mil.
Kalil pernoitou na capital carioca e retornou a Belo Horizonte na manhã de sexta-feira.
Ele pediu sigilo total a pessoas próximas que sabiam da negociação. Otimista, avisou:
– Ronaldinho será nosso.
Cuca foi um dos que mais celebrou o acerto e garantiu ao presidente que irá domar o astro:
– Comigo vai entrar na linha.
SURPRESA NA CIDADE DO GALO
A família Assis chegou ao centro de treinamentos do Atlético-MG por volta das 13h30 de segunda-feira. Ronaldinho estava acompanhado de Assis e do sobrinho, Diego.
O atacante e seu staff foram recebidos por Alexandre Kalil e pelo diretor de futebol, Eduardo Maluf. Até a chegada na sala da diretoria, Ronaldinho foi visto por vários jogadores da base do Galo que procuraram se informar sobre a contratação que seria confirmada pelo clube posteriormente.
Ronaldinho almoçou na Cidade do Galo e foi apresentado aos futuros companheiros antes de fazer o primeiro treino.
O OUTRO LADO
O presidente do Atlético-MG, Alexandre Kalil, confirmou que esteve no Rio de Janeiro na quinta-feira passada, mas não para se encontrar com Assis. O mandatário do Galo contou que tinha um encontro marcado com o meia Juninho, do Vasco, e o agente do jogador.
- Eu estava com os dois. Cheguei às 17h30 e marcamos de jantar. Pode perguntar a qualquer pessoa que estava no local. Todo mundo conhece Juninho Pernambucano. Essa história é a mais fantasiosa que já li - disse o presidente ao LNET!.
A reportagem entrou em contato com Juninho e a assessoria do jogador garantiu que ele não se reuniu com Kalil. O LNET! também conversou com José Fuentes, empresário do vascaíno, e ele confirmou o encontro, mas sem a presença do meia.
- Estive na semana passada, mas não me recordo o dia. Tem coisas que acontecem entre presidentes e agente que não é bom dar detalhes (não quis falar sobre o local da reunião). Somente eu participei do encontro - disse Fuentes.
O empresário Eduardo Uram, que fez a intermediação do negócio entre Atlético-MG e Assis, negou seu envolvimento na transação por meio de uma nota oficial.
- Em nenhum momento participei dessa transferência. Enquanto essa operação estava sendo realizada, eu estava à trabalho no exterior e só retornei ao Brasil no domingo à noite. Nunca estive na companhia de Ronaldinho e jamais falei com ele antes ou durante essa operação, ou até mesmo com seu irmão e procurador Assis. Apesar de ter bom relacionamento com o presidente Alexandre Kallil e o técnico Cuca ser representado por mim, não quer dizer que participei de tal negociação ou tenho ciência dela - disse.

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