sábado, 21 de abril de 2012

Quando zero é sucesso total

Substituto do contestado Renan Ribeiro, Giovanni não levou gol nas partidas pela Copa do Brasil e Mineiro e atribui confiança com a camisa 1 ao trabalho sem trégua na reserva
Roger Dias - Estado de Minas
Publicação:18/04/2012 07:00
Dois jogos, nenhum gol sofrido e um saldo que se torna importante na busca pela afirmação no gol do Atlético, uma das posições mais questionadas pelos torcedores nas últimas temporadas. À primeira vista, o goleiro Giovanni agradou à massa e à comissão técnica nas vezes em que foi exigido na vitória sobre o Penarol (5 a 0), em Manaus, pela Copa do Brasil, e no empate diante do Tupi (0 a 0), em Juiz de Fora. Contudo, a pressão e a responsabilidade sobre seu desempenho devem crescer a cada partida.
“Sempre tive a consciência de que jogará aquele que estiver melhor. Por mais que não viesse atuando, continuei meu trabalho com dedicação. Agora que consegui jogar, tenho de crescer mais”, diz o atleta, assegurado na equipe que enfrenta o Tupi domingo, às 16h, na Zona da Mata, na partida de ida das semifinais do Estadual. Se não sofrer gols até o fim da competição, ele ajudará o Galo a obter a 41ª conquista e aumentará seu prestígio no grupo.
Reserva de Renan Ribeiro durante longo tempo no ano passado, Giovanni garante ter condições de se firmar com a camisa 1 alvinegra. Sustenta que está bem preparado física e psicologicamente e que vem adquirindo gradativamente a sequência de partidas como tanto desejava. Ele terá o apoio do novo preparador, Chiquinho Cersósimo, de 46 anos, que começou a trabalhar com o grupo ontem à tarde, na Cidade do Galo, ao lado de William de Castro, que ocupava o posto. Chiquinho é da comissão da Seleção Brasileira e estava no Grêmio desde 2005. Além de Giovanni, Renan Ribeiro, Lee e Paulo Victor participaram das atividades.
Os ídolos de Giovanni no futebol são Taffarel e Marcos, campeões mundiais com a Seleção Brasileira, justamente pela elasticidade e pelo posicionamento. Aos 25 anos, o ex-jogador do Prudente-SP é o mais experiente entre os goleiros do Galo e tem a missão de passar tranquilidade ao próprio Renan Ribeiro (22), além de Lee (24) e o prata da casa Paulo Victor (19). Quando Cuca lhe deu a missão de assumir a camisa 1 alvinegra contra o Penarol, Giovanni não temeu a tarefa. “É a minha vez. Espero trazer a torcida para a gente.”
BOA FASE Em 14 jogos pelo Atlético, ele sofreu 19 gols. A decisão de escalá-lo até o fim do Campeonato Mineiro foi de Cuca, mas a ideia de barrar Renan Ribeiro e poupá-lo das críticas da massa teria partido da diretoria. Giovanni quer se beneficiar da boa fase da equipe alvinegra (13 partidas em 2012, com 11 vitórias e dois empates) para ficar na memória dos fãs, uma situação bem diferente da do ano passado, quando substituiu o mesmo Renan, que era questionado, e falhou nas derrotas para Ceará (3 a 0) e Palmeiras (3 a 2) pelo Brasileiro. “Sempre nos preparamos para as vitórias, nunca para administrar uma possível derrota. Estamos invictos na temporada, mas tudo é fruto do bom trabalho. O momento é de nos concentrar totalmente para o Estadual e a Copa do Brasil.
Sem o zagueiro Réver (suspenso) e a hipótese de veto médico a Rafael Marques, Cuca pode escalar os reservas Lima e Luiz Eduardo contra o Tupi. Os volantes Leandro Donizete e Serginho, recuperados de lesão muscular, voltam a treinar hoje.

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