segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Vai reclamar do que agora?

Tudo estava a favor do Galo na Arena do Jacaré. Mas ele não passou do 1 a 1 com o Ceará, que ficou quase todo o segundo tempo com nove jogadores, e revoltou a massa
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:03/10/2011 07:00
Sete Lagoas – “Ão, ão, ão, Segunda Divisão”, gritava a torcida do Atlético ao fim do empate por 1 a 1 com o Ceará, ontem à tarde, na Arena do Jacaré. Se é premonição, só o tempo dirá, mas ela tinha razão na bronca com a equipe, que, por incompetência, não conseguiu vencer um jogo em que fez um gol irregular, perdeu pênalti e contou com dois jogadores a mais em praticamente todo o segundo tempo, diante de uma equipe mais fraca tecnicamente. Com o tropeço em casa, o Galo acabou foi caindo mais uma posição na tabela, da 17ª para a 18ª, e vê cada vez mais viva a ameaça do rebaixamento à Série B.
Foi a primeira das três partidas seguidas do alvinegro mineiro em casa, consideradas fundamentais para ele escapar da temida queda para a Segunda Divisão. Agora, o Galo precisará vencer o lanterna, América, sábado, e o Santos, já sem ambições na competição, no dia 12, para ganhar fôlego na reta final da competição.
Mas, para triunfar não só nesses compromissos, como também nos nove posteriores, o Atlético necessita também aprimorar as finalizações, que não foram poucas ontem – quase todas desperdiçadas. Oportunidades que levaram a massa a sentir a falta do atacante Diego Tardelli, que se transferiu no início do ano para o Anzhi (Rússia) e, ao acompanhar o jogo na Arena do Jacaré, teve o nome gritado em coro, além de ouvir constantemente pedidos para voltar.
Pelo início do jogo, os atleticanos, que compareceram em bom número (14.174 pagantes), ficaram convictos de que seria um dia de glória. Logo aos 13min, Carlos César aproveitou bobeada da zaga e acertou belo chute de dentro da área, marcando o primeiro gol com a camisa alvinegra. No lance, registre-se, houve impedimento de André, que ajeitou a bola para o lateral finalizar. Três minutos depois, o mesmo Carlos César teve a chance de ampliar em contra-ataque, mas a desperdiçou.
Aos 30min, André perdeu nova chance depois de boa trama que contou com a assistência de Bernard. De dentro da área, ele mandou para fora. Aos 33min, Rudnei derrubou Carlos César na área. Mas Fernando Henrique defendeu bem o pênalti cobrado por Magno Alves, que passou a ser vaiado pelos torcedores.
Como castigo, o Ceará chegou ao empate aos 38min: Leandro Chaves completou de cabeça cruzamento de Osvaldo da esquerda, que bagunçou a defesa mineira. Ainda no primeiro tempo, Michel segurou Daniel Carvalho, que arrancava em direção à área, recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso.
PRESSÃO O Galo voltou para o segundo tempo com Jonatas Obina em lugar de Magno Alves. A situação ficou melhor aos 5min, quando João Marcos foi expulso por demorar a cobrar falta, em trapalhada do árbitro.
A partir daí, o jogo virou ataque contra defesa. E, a exemplo do primeiro tempo, os mineiros se fartaram de perder gols, como fizeram André, que acertou a trave, e Bernard, que mandou por cima na frente do gol e depois parou em Fernando Henrique.
Com o tempo, o Atlético foi ficando nervoso, assim como a torcida. Para completar, o árbitro permitiu que os cearenses fizessem toda a cera possível.
Nos minutos finais, o Galo ainda se deu ao luxo de perder duas chances dentro da pequena área, com André e Leonardo Silva cabeceando para fora. O time, que cada vez se complica mais apesar das chances que as circunstâncias lhe dão, deixou o gramado sob vaias.

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