Tabu, desvantagem, má fase e desfalque desafiam o Atlético em mais um confronto com o Botafogo, pela decisão da vaga na Copa Sul-Americana. Jogadores prometem resposta em campo
Paulo Galvão - Estado de Minas
Publicação:23/08/2011 07:00
Na antepenúltima posição no Campeonato Brasileiro, vindo de cinco derrotas seguidas, sem saber o que é vitória há sete jogos. Pior: com desfalque importante, diante de uma equipe que vem sendo carrasco nos últimos anos, em um estádio onde não ganhou nem um ponto sequer na história, precisando vencer por dois gols de diferença ou por um, desde que marque ao menos três vezes. É nesse cenário adverso que o Atlético tentará o “milagre” de se classificar à segunda fase da Copa Sul-Americana, diante do Botafogo, hoje, às 20h15, no Engenhão.
A situação na temporada é tão complicada que há quem defenda que o Galo abra mão da competição continental e se concentre apenas em se recuperar no Campeonato Brasileiro. Mas muitos se apegam à letra do hino alvinegro, que fala em “lutar, lutar, lutar, pelos gramados do mundo pra vencer”, para continuar almejando a classificação no jogo de hoje. Inclusive os jogadores.
“Em toda competição, onde houver um título em disputa, devemos entrar para vencer. Nossa situação no Brasileiro não é boa, não adianta esconder, mas temos de lutar até o fim para sair dessa situação. E tenho certeza de que vamos sair”, desabafa o volante Richarlyson, para quem os 2 a 1 sofridos no jogo de ida, em 10 de agosto, são reversíveis. “Pelo resultado que tivemos no Ipatingão temos plenas condições de sair classificados. Só que, para isso acontecer, temos que mudar algumas coisas. Tudo aquilo que tem acontecido de negativo uma hora vai virar.”
Nas últimas 21 vezes em que as equipes se enfrentaram, o Galo venceu apenas uma, em 2008, pelo Brasileiro. No restante, foram seis empates e 14 derrotas, o que faz a torcida adversária gritar “freguês” sempre que jogar contra o alvinegro mineiro. Presente nos dois últimos duelos favoráveis à estrela solitária, o jogador espera ajudar os companheiros a impedir que isso se repita hoje. “Nós não estivemos em todas as partidas que o Botafogo ganhou do Atlético, mas ficamos chateados. Até por isso, temos de dar algo a mais neste jogo e mostrar para eles que esse retrospecto vai mudar. Espero que comece agora”, prega Richarlyson.
Para ele, além da possibilidade de continuar lutando por um título, uma boa vitória hoje poderá influenciar na sequência da temporada. No domingo, o Galo terá pela frente ninguém menos que o rival Cruzeiro, em jogo válido pela última rodada do primeiro turno do Brasileiro. “Se passarmos pelo Botafogo, vamos ganhar motivação extra para continuar nas duas competições, lutando para sair da zona de rebaixamento no Brasileiro e seguindo na Sul-Americana”, avalia.
De fora Justamente por conta do clássico de domingo o técnico Cuca decidiu poupar o atacante André do jogo de hoje. O jogador reclamou de uma pancada no tornozelo esquerdo, contusão que já o havia impedido de atuar contra o Corinthians, quarta-feira, em Ipatinga. Assim, haverá só seis atletas no banco de reservas.
Além disso, ele não poderá contar com o recém-contratado volante Pierre e com o armador Bernard, que não estão inscritos na Sul-Americana. O mesmo ocorre com outro que acabou de chegar, o lateral-esquerdo Triguinho, que estreou no decorrer da derrota por 3 a 1 para o Botafogo, sábado, também no Engenhão.
Eles retornaram ontem a Belo Horizonte, depois de participarem de treino, à tarde, no Centro de Futebol Zico, no Rio. Por outro lado, o zagueiro Réver, que cumpriu suspensão pelo Brasileiro, está de volta e deve formar dupla com Leonardo Silva.
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