
Também no Mineirão, Galo foi goleado pelo Corinthians nas quartas do Brasileiro

Brasiliense derrota o Galo por 3 a 0, no Mineirão, no jogo de ida da semi da Copa do Brasil
Victor Martins - Superesportes
Publicação:23/12/2010 08:00
Atualização:23/12/2010 13:39
Levir Culpi permaneceu no comando do Atlético, depois de colocar o time na semifinal do Campeonato Brasileiro. A base do time foi mantida. Somente três titulares de 2001 não estavam mais na Cidade do Galo, ainda um Centro de Treinamento com pouca estrutura, com apenas um campo e vestiário bem precário.
Álvaro, Felipe e Valdo foram os titulares que deixaram o Atlético. Mas o time tinha Mancini de volta, responsável pelos dois cruzamentos dos gols de Magrão, que tiraram o Galo do Brasileiro do ano anterior. O que tinha tudo para dar certo, começou a dar errado com problemas extra-campo. O meia Ramon e o técnico Levir Culpi brigaram.
Na Sul-Minas, com novo regulamento, o Atlético fez uma campanha de reação e conseguiu chegar entre os quatro primeiros. Os 16 participantes jogavam entre si e os quatro melhores avançavam. Quarto colocado, o Galo tinha o Cruzeiro pela frente. Mais uma vez, o maior clássico mineiro na semifinal da competição.
Assim como na primeira fase do campeonato, em que o jogo terminou em 2 a 2, aconteceram mais dois empates na semifinal, ambos em 1 a 1. Na decisão por pênaltis, o Cruzeiro levou a melhor, mais uma vez. A última cobrança, do lateral-direito Baiano, ficou marcada. Ele isolou a penalidade e deu a classificação ao time celeste.
Ao mesmo tempo, o Atlético disputava a Copa do Brasil. Diferentemente de outros anos, o Galo tinha conseguido chegar à sua segunda semifinal, o que continua até o momento. Entre os clássicos com o Cruzeiro, o Alvinegro tinha a zebra Brasiliense no caminho. Parte da torcida já festeja a possível final, contra Corinthians ou São Paulo, os outros semifinalistas.
Mas o que se viu no Mineirão foi um dos maiores vexames da história atleticana. O time da Série C do Brasileiro, com poucos anos de fundação e repleto de desconhecidos, goleou o Galo por 3 a 0. O jogo de volta, na Boca do Jacaré, foi mera formalidade. Outro triunfo do Brasiliense, dessa vez por 2 a 1, e final da segunda era Levir Culpi.
De bom, do primeiro semestre, foi a convocação do volante Gilberto Silva. Ele foi testado por Felipão e ganhou uma vaga no grupo que disputou a Copa do Mundo, tornando-se o segundo atleticano campeão do mundo com a Seleção Brasileira. Por outro lado, a titularidade na Coreia e Japão despertou o interesse do Arsenal, que comprou o jogador. Dinheiro que seria usado na melhoria da Cidade do Galo.
Geninho foi o escolhido para comandar o Atlético no Campeonato Brasileiro, um time reformulado e sem os medalhões de anos anteriores. Somente o atacante Marques continuava no clube, além do goleiro Velloso, mas este contundido. A meta de Geninho era não ser rebaixado. Ele fez mais do que isso. Antes do Brasileiro, o Galo disputou a Copa dos Campeões, mas nem sequer passou da primeira fase.
Com vitórias expressivas fora de casa e triunfo no clássico contra o Cruzeiro, de Vanderlei Luxemburgo, o Galo estava mais uma vez entre os finalistas do Brasileiro. Mas um capricho da rivalidade, na última rodada da primeira fase, complicou a vida alvinegra. Ao colocar o time reservas e perder para o Grêmio, o Galo abriu mão do quinto lugar e ficou em sexto. Na prática, trocou o duelo com Juventude pelo duelo com o Corinthians.
O Galo pagou caro. Com um time na conta do chá, pegou pela frente, nas quartas de final, o time que havia vencido a Copa do Brasil e o Torneio Rio-São Paulo. O ataque formado por Deivid, Gil e Guilherme, ele mesmo, ex-Atlético, destruiu no Mineirão. E o Galo foi massacrado, por 6 a 2. No vestiário, o então diretor de futebol, Alexandre Kalil, declarou que os jogadores borraram na calça quando viram o Mineirão lotado. Na volta, outra derrota, por 2 a 1, e final de uma temporada pouco lembrada pelos atleticanos.
Confira, nesta sexta-feira, no Superesportes, a retrospectiva do ano de 2003
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